Notícia
Lucros da EDP Renováveis sobem 52% para 475 milhões
A empresa liderada por Manso Neto fechou o ano passado com lucros de 475 milhões de euros, um aumento de 52% face a 2018.
A EDP Renováveis fechou o ano de 2019 com lucros de 475 milhões de euros, o que traduz um aumento de 52% face ao resultado líquido de 313 milhões de euros obtido no ano anterior.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Manso Neto adianta que as receitas aumentaram 7% para 1.824 milhões de euros, enquanto o EBITDA cresceu 27% para 1.648 milhões de euros, um valor acima do esperado pelos analistas, que apontavam para um total de 1.592 milhões de euros.
A EDP Renováveis justifica o aumento das receitas com o crescimento de 1% da capacidade, subida de 2% do preço médio de venda, um impacto cambial positivo de 39 milhões face ao ano anterior e maior recurso eólico.
"Outros ganhos operacionais totalizaram 400 milhões (+€192M vs 2018), com a comparação anual a refletir sobretudo os ganhos de capital de 109 milhões em 2018 e 313 milhões de ganhos em 2019, relacionados com a transação de Sell-down de 997 MW na Europa e o Sell-down de 137 MW no Brasil", anunciado em julho de 2019 e concluído em fevereiro deste ano, acrescenta a subsidiária de energias limpas da EDP.
Já os custos financeiros cresceram 59% para 349 milhões de euros.
Em dezembro de 2019, a dívida líquida da EDP Renováveis totalizava 2.803 milhões de euros, uma descida de 257 milhões face ao mesmo mês de 2018, "refletindo por um lado a caixa gerada por ativos e a conclusão da transação de Sell-down, juntamente com impactos cambiais", explica a empresa.
No que respeita aos resultados operacionais, a EDP Renováveis fechou o ano de 2019 com um portefólio de ativos operacionais de 11,4 GW, com vida média de oito anos, dos quais 10,8 GW totalmente consolidados e 550 MW consolidados por equity (participações minoritárias em Espanha e EUA). No ano passado, a variação líquida anual consolidada do portefólio da empresa foi de 310 MW.
A produção de energia limpa foi de 30 TWh, um aumento de 6% face a 2018, possibilitado pela "capacidade adicionada nos últimos 12 meses juntamente com recurso eólico superior, minimizando o impacto da desconsolidação de 997 MW relativos a uma transação de Sell-down na Europa" em julho.