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Lucros da EDP Renováveis caem 26% mas quase duplicam estimativas

A empresa liderada por Rui Teixeira fechou o primeiro semestre com lucros de 255 milhões de euros, quase o dobro do esperado pelos analistas.

O preço-alvo médio da EDP Renováveis é de 7,45 euros, que se situa 8% acima da cotação da sessão de sexta-feira, 9 de Fevereiro. 40% das recomendações dos analistas é de “comprar”.
03 de Setembro de 2020 às 07:27
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A EDP Renováveis fechou os primeiros seis meses deste ano com lucros de 255 milhões de euros, o que traduz uma descida de 26% face aos 343 milhões registados no primeiro semestre deste ano.

Os números, revelados esta quinta-feira, 3 de setembro, superam as estimativas dos analistas compiladas pela Bloomberg que apontavam para uma quebra de mais de 60% para 136,8 milhões.

O EBITDA caiu 18% para 793 milhões de euros, num período em que as receitas diminuíram 9% para 913 milhões de euros e os custos operacionais aumentaram 4% para 309 milhões.

Em comunicado, a empresa liderada agora por Rui Teixeira justifica a quebra das receitas com a diminuição da capacidade MW e dos recursos eólicos que não foi compensada pelos preços de venda mais elevados.

No final do primeiro semestre, o braço de energias limpas da EDP tinha um portefólio de ativos operacionais de 11,4 GW, com vida média de 9 anos, dos quais 10,9 GW totalmente consolidados e 550 MW consolidados por equity (participações minoritárias em Espanha e EUA).

Desde junho do ano anterior, a empresa construiu 986 MW de energia eólica e solar, incluindo uma participação de 50% num portefólio solar de 278 MW nos EUA, concluiu transações de Sell-down de 1,3 GW e desmantelou 18 MW em Espanha para re-potenciação desse mesmo parque eólico.

"No total, a junho de 2020, variação líquida anual consolidada do portefólio da EDPR foi negativa em 326 MW", sintetiza a empresa.

De janeiro a junho, a Renováveis produziu 14,7 TWh de energia limpa, uma quebra de 9% face ao período homólogo, e viu o preço médio de venda descer 2%.

No final do semestre, a dívida líquida totalizava 3.027 milhões de euros, mais 224 milhões face a dezembro de 2019 "refletindo, por um lado, a caixa gerada por ativos e, por outro lado, investimentos feitos no período e transação cambial", justifica a empresa.



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