Notícia
Lucros da EDP Brasil mais do que duplicam em 2018 para novo máximo histórico
A EDP Brasil ultrapassou em 2018 os resultados recorde que tinha atingindo em 2015. O ano fica marcado pela entrada na distribuidora Celesc.
A EDP Brasil atingiu um resultado líquido de 1,27 mil milhões de reais brasileiros – 299,8 milhões de euros - em 2018, superando em 108% os lucros obtidos no ano anterior, dada a "consolidação da posição da EDP Brasil em todos os segmentos de negócio em que atua", lê-se no relatório e contas da empresa.
A justificar os resultados, conforme a mensagem deixada pelo CEO, Miguel Setas, estão ainda fatores como a melhoria operacional da área da distribuição, a expansão para Santa Catarina - com a entrada na distribuidora Celesc - e o alargamento da atividade na área de serviços de energia.
O EBITDA aumentou 26,6% para os 2,768 mil milhões entre 2017 e 2018, depois de um salto de 51% no último trimestre, que resultou do "resultado da geração hídrica e da transmissão, do ganho de mais valia na venda da EDP PCH e Santa Fé". A receita líquida ascendeu aos 12,9 mil milhões de reais, também acima do ano anterior.
Olhando às diferentes áreas, a distribuição – aquela que mais pesa na atividade da EDP Brasil – obteve receitas de 6,9 mil milhões, um aumento de 9,1% desde o ano anterior. O segundo segmento mais relevante, o da comercialização, foi o que mais cresceu – 12,9% para os 4,08 mil milhões de reais. A geração térmica contribuiu com receitas de 1,8 mil milhões, um salto de 4,8%. A geração hídrica contrasta, com uma quebra de 2,6% que ditou receitas de 1,3 mil milhões.
Uma das alíneas que viu um dos maiores aumentos foi o investimento, que atingiu os 1,132 mil milhões de reais – um salto de 47,5%. No ano passado a empresa comprou 23,56% do capital da Celesc, uma distribuidora de energia do Estado de Santa Catarina, tornando-se a maior acionista da empresa.
A "reciclagem de capital para reinvestimento em segmentos estratégicos" é outra das operações destacadas no relatório e contas. A venda da EDP PCH, Costa Rica e Santa Fé geraram mais-valias de 374,7 milhões de reais. Os compromissos de investimento foram antecipados, com a unidade hídrica em São Manoel a entrar em operação 4 meses antes do previsto e o serviço de transmissão a ser inaugurado 20 meses antes do agendado.
"O ano de 2018 marcou o início de uma nova fase da empresa, com um ritmo de crescimento sustentado, suportado pela conclusão das três centrais hidroelétricas e pelo investimento mais recente em serviços e no segmento das redes reguladas – transporte e distribuição de energia", comenta o CEO da empresa, Miguel Setas. Isto, "apesar de ter sido um ano de transição política, com um quadro macroeconómico ainda em fase de recuperação", lê-se no relatório.