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Lucro da Galp sobe 15% com aumento da produção e preços do petróleo

O aumento da actividade na produção e exploração de petróleo, bem como na refinação e distribuição de combustíveis permitiu compensar o efeito da venda da infra-estruturas de gás.

Apesar de ter uma recomendação de “reduzir” para a Galp, o CaixaBI diz que a cotada apresenta uma das “histórias mais singulares” no sector de petróleo e gás na Europa. Segundo o banco, a Galp oferece um “perfil defensivo face a preços do petróleo baixos”, bem como um potencial de subida com a produção no pré-sal no Brasil.
Rui Miguel Pedrosa/Correio da Manhã
30 de Outubro de 2017 às 07:24
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A Galp Energia anunciou esta segunda-feira, 30 de Outubro, que obteve um resultado líquido de 416 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que traduz um aumento de 15% face ao mesmo período do ano passado.

 

Os lucros ficaram ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas do CaixaBI, que contavam com um resultado líquido de 428 milhões de euros.

 

Em comunicado à CMVM, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva adianta que os resultados foram impulsionados pelas actividades de Exploração & Produção (E&P) e Refinação & Distribuição (R&D), que permitiram compensar o decréscimo registado na área de venda de gás e electricidade (Gas & Power), que foi penalizada pela desconsolidação da actividade de infra-estruturas de gás, que foi alienada à Marubeni.

O EBITDA RCA (que exclui os custos de "research"), aumentou 36% para 1.379 milhões de euros, com o impulso mais forte a vir da unidade de E&P, onde o EBITDA mais do que duplicou para 606 milhões de euros.

 

A unidade de R&D continua a ter o maior peso, com o EBITDA a crescer 36% para 639 milhões de euros. O forte aumento destas duas unidades de negócios permitiu compensar a queda para menos de metade do EBITDA no Gas & Power, devido à já referida venda de activos à japonesa Marubeni.

 

No comunicado a Galp justifica o aumento do EBITDA na E&P com o "aumento de produção e dos preços de petróleo e gás natural", que permitiu "anular o efeito negativo da desvalorização do dólar face ao euro".

 

A petrolífera assinala que atingiu um "novo marco histórico" pois está actualmente a produzir o equivalente a mais de 100 mil barris de petróleo por dia. Nos primeiros nove meses do ano a produção média foi de 94,6 mil barris de petróleo por dia.

 

Na unidade de Refinação & Distribuição a subida do EBITDA, segundo a empresa, foi suportada "pelo aumento da margem de refinação da Galp para os 7,4 dólares por barril, que reflectiu a melhoria das margens no mercado internacional e as exportações de gasolina para os EUA".

 

A Galp Energia realizou  investimentos de 638 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano (-27% do que no período homólogo), sendo que deste total 227 foram aplicados no terceiro trimestre. O Brasil continua a ser o principal destino dos investimentos, concentrando 82% do realizado no terceiro trimestre, "nomeadamente no bloco BM-S-11 no Brasil".

 

A petrolífera chegou a Setembro com uma dívida líquida de 1.455 milhões de euros, o que representa uma descida de 11% e colocou o rácio dívida/EBITDA abaixo de 1, o que compara com 1,4 vezes no período homólogo. A taxa de juro média da dívida durante o período foi de 3,45%.

 
(notícia actualizada às 7:45 com mais informação)

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