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Japão mira reativar centrais nucleares desligadas desde Fukushima

Quatro reatores que receberam entretanto luz verde para retomar operações vão ser usadas, no máximo das capacidades, para aliviar a crise de energia, indicou o primeiro-ministro japonês.

Alerta de tsunami após sismo de 6,8 graus ao largo de Fukushima
Diana do Mar dianamar@negocios.pt 29 de Junho de 2022 às 16:53
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, sinalizou que centrais nucleares que se encontravam desligadas desde o acidente nuclear de Fukushima vão ser reativadas devido às elevadas temperaturas e a uma crise iminente de energia.

Antes do desastre de 11 de março de 2011, desencadeado por um sismo seguido de tsunami que destruiu a central nuclear de Fukushima Daiichi, estavam em operação 54 reatores em todo o país que respondiam por aproximadamente 30% das necessidades energéticas do Japão. 

No entanto, na sequência do acidente, o governo fechou todas as centrais nucleares, obrigando o país a ter de recorrer à importação de petróleo, carvão e de gás natural para preencher as suas necessidades energéticas nos anos seguintes.

Quatro reatores que receberam entretanto luz verde para retomar operações vão ser usadas, no máximo das capacidades, para aliviar a crise de energia, indicou o chefe de governo japonês à margem da cimeira do G7 na cidade alemã de Elmau.

No entanto, segundo o jornal South China Morning Post, Fumio Kishida também deu a entender para a possibilidade de mais centrais nucleares serem reativadas para responder à procura que deve aumentar ainda mais, quando afirmou que o governo "irá trabalhar de forma constante para acelerar a revisão" das novas medidas de segurança para as centrais nucleares, com a intenção de ter mais reatores operacionais o mais brevemente possível.

Estas declarações foram proferidas numa altura em que os meteorologistas confirmaram que este mês foi o junho mais quente em Tóquio, desde que há registos, ou seja, desde 1875.

A título de exemplo, desde sábado que os termómetros têm ficado acima dos 35 graus celsius na capital, elevando a procura por energia, sobretudo por ar condicionado.
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