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Investimento mundial nas renováveis está em queda

O dinheiro que os Estados e as empresas estão a gastar nos esforços para aumentar a produção de energia limpa continua a diminuir. Uma das razões é a redução do custo da nova tecnologia.

17 de Julho de 2018 às 13:25
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O investimento combinado em energia renovável e eficiência energética caiu no ano passado e deverá continuar em queda este ano, de acordo com o relatório do sector divulgado esta terça-feira pela Agência Internacional de Energia. Em causa podem estar os objectivos definidos na luta contra as alterações climáticas e a poluição do ar.

A tendência está para ficar: o investimento em energia como um todo está em queda, tendo registado uma redução de 2% em 2017 face ao ano anterior. Afunilando a análise, é possível concluir que o dinheiro gasto em melhorar o aquecimento, o arrefecimento e os sistemas de iluminação em edifícios ou carros caiu 3% no ano passado.


Estes dados são "preocupantes", classifica o director-executivo da agência, Fatih Birol. "Há a necessidade de o investimento subir rapidamente (...) é desencorajador descobrir que pode vir a cair este ano", refere Birol, assinalando que "este investimento é importante em termos de segurança energética e objectivos climáticos".

Mas esta queda do investimento pode ter algumas causas positivas: deve-se, em parte, à redução de subsídios e à diminuição dos preços de construção das plataformas que geram energia renovável através do vento ou sol. De tal forma que o investimento especificamente em energia renovável caiu 7% em 2017 para 298 mil milhões de dólares.

O problema é que para a Agência Internacional de Energia "houve uma pausa na mudança do investimento direccionando-o para fontes limpas de energia". Particularmente o investimento nas renováveis para transportes e aquecimentos continua "fraco".

Mas nem tudo são más notícias. Por exemplo, os gastos dos Estados com R&D (investigação e desenvolvimento) na área energética atingiu um novo máximo de 27 mil milhões de dólares ao ter aumentado 8% face a 2016.

Do total de 1,8 biliões de dólares investidos em energia, a maior fatia (750 mil milhões de dólares) destinou-se à electricidade. De acordo com o relatório, a China continua a ser o destino principal do investimento em energia, representando um quinto do total.

De acordo com o Financial Times, a organização Bloomberg NEF, revelou no início de Junho que o investimento em energia limpa no primeiro semestre foi de 138,2 mil milhões de dólares, menos 1% do que no mesmo período do ano passado.
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