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Greenvolt vai investir entre 1.500 e 1.800 milhões até 2025

A Greenvolt prevê continuar a reforçar o investimento na sua estratégia de crescimento nos próximos anos, tendo previsto um investimento de 300 milhões de euros este ano.

João Manso Neto, que foi CEO da EDP Renováveis, vai liderar a Greenvolt, do grupo Altri.
Mafalda Santos
08 de Junho de 2021 às 10:49
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A Greenvolt, a empresa de energias renováveis da Altri que está a preparar a sua entrada em bolsa este ano, prevê investir até 1,8 mil milhões de euros para financiar o seu plano de desenvolvimento até 2025. Num evento destinado ao mercado de capitais, o seu CEO João Manso Neto reiterou que a empresa continua a analisar oportunidades de consolidação na Europa, depois de ontem ter fechado uma nova aquisição em Inglaterra.

A estratégia de crescimento da Greenvolt, que prevê um aumento médio anual dos lucros e do EBITDA de 40% até 2025, vai implicar o investimento de 1,5 a 1,8 mil milhões de euros neste espaço de cinco anos. Para 2021 o investimento previsto é de 300 milhões de euros, segundo os números avançados pela empresa no seu Market Day, que esteve a decorrer esta manhã.

O plano de crescimento é assente no desenvolvimento dos seus projetos de energia, especialmente no segmento da energia eólica e solar, e através de aquisições. Além do acordo com a V-R Europa, que passa pela aquisição de um pipeline de 2.800 MW de capacidade de energia renovável na Europa, como contrapartida da sua entrada como acionista no IPO da empresa, a Greenvolt anunciou, no mês passado, um acordo para comprar 70% da Profit Energy e ontem comunicou ao mercado que vai comprar a central de biomassa britânica TGHP por 287 milhões de euros.

Além destas aquisições, a Greenvolt, que é líder em Portugal no setor da biomassa (quota de mercado de 40% através de cinco centrais), já informou que está a analisar outras oportunidades de compra, colocando a consolidação no centro da sua estratégia de crescimento, para continuar a expandir a sua área de negócio.

"Temos bons ativos, sabemos para onde o mercado vai, temos pessoas com capacidade para executar e compromissos ESG", realçou João Manso Neto, acrescentando que os investimentos serão canalizados para áreas onde faz sentido investir, nomeadamente na área das energias solar e eólica.

João Manso Neto notou ainda que os próximos cinco anos serão de crescimento para a Greenvolt, mas mantendo sempre a robustez financeira, focada num balanço sólido. A companhia estima chegar a 2025 com um nível de alavancagem de 3,5 a 3 vezes o valor do EBITDA.

Para conseguir manter um balanço sólido, a companhia pretende desenvolver ativos que geram cash flow, gerar capital adicional através do programa de rotação de ativos, no qual prevê vender entre 70 a 80% dos ativos gerados nos projetos desenvolvidos pela empresa, e ainda usar o capital levantado no IPO que a empresa está a preparar.

"O IPO vai ser um importante impulso", mas não será o único, referiu o CEO Manso Neto no evento que se realizou esta quarta-feira. Segundo as estimativas dos analistas, a Greenvolt deverá estrear-se em bolsa com uma avaliação de 336 milhões de euros.

A Greenvolt tem atualmente em funcionamento cinco centrais de produção de energia termoelétrica a partir de biomassa florestal, com cerca de 97 megawatts (MW) de potência instalada. Em 2020, a produção de energia elétrica assegurada pela empresa – antes designada Bioelétrica da Foz – atingiu cerca de 732,6 GWh, correspondendo a um aumento de 36% e a um recorde de produção.

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