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Governo quer saber se tarifa social de energia pode chegar a mais famílias

O estudo vai ser lançado pelo recém-criado Observatório da Energia, uma plataforma online que agrega dados do mundo da energia a partir de várias fontes.

Bruno Simão/Negócios
22 de Fevereiro de 2018 às 20:52
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O Governo vai lançar um estudo para saber se mais famílias podem vir a receber a tarifa social na electricidade e no gás natural. O estudo foi encomendado ao recém-criado Observatório da Energia que lançou um concurso público para atribuir a realização do estudo.
 
A intenção do Governo de avaliar a tarifa social, que passou dos 80 mil beneficiários para os actuais 800 mil, devido à atribuição automática do benefício, foi conhecida durante a apresentação do Observatório da Energia. Esta plataforma online vai disponibilizar informação das diversas áreas da energia a partir dos dados de várias entidades como a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), Agência Nacional para a Energia (Adene) ou o Eurostat.

"O primeiro trabalho do Observatório da Energia, que foi considerado uma prioridade pelo , é fazermos uma avaliação do funcionamento, do desenho, do modelo da tarifa social, é um grande sucesso aquilo que nós conseguimos nestes dois anos", disse o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, esta quinta-feira, 22 de Fevereiro.

"As pessoas têm um desconto substancial na factura de electricidade e na do gás. Mas será que estamos, de facto, a trabalhar com as famílias que tem as maiores necessidades económicas, aquelas que precisam mais de serem ajudadas, será que não devemos ter uma ambição maior?", questionou o governante durante a apresentação da nova plataforma.

"Será que nós estamos, de facto, a fazer isto da melhor forma? Este é o primeiro trabalho que o Governo pediu ao nível da tarifa social para que consigamos ter um modelo que seja mais justo e mais equilibrado", acrescentou Seguro Sanches durante o evento em Lisboa, destacando que o tema da pobreza energética tem sido discutido ao nível da União Europeia.

Por sua vez, o ministro da Economia destacou a importância do lançamento do Observatório da Energia. "Mais informação para ajudar a melhores decisões públicas", apontou Manuel Caldeira Cabral.

Já o presidente da Adene reforçou que o Observatório da Energia destina-se a "decisores políticos, empresas públicas e privadas, órgãos de comunicação social e público em geral", destacou João Paulo Girbal.

Esta plataforma reúne, por exemplo, dados sobre o consumo de energia primária no país, a dependência energética, a percentagem de fontes renováveis no consumo de energia, ou o preço médio da electricidade no sector doméstico.
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