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Galp aumenta lucros em 8% até Setembro
A Galp Energia terminou os primeiros nove meses do ano com um aumento de lucros de 8%, num período em que a produção de petróleo aumentou e em que as vendas de petróleo e gás natural diminuíram.
O resultado líquido da Galp Energia ascendeu a 236 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, de acordo com o comunicado divulgado pela petrolífera para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este valor corresponde a um aumento de 8% face a 2013.
Já isolando os três meses terminados em Setembro, o lucro mais do que duplicou para 121 milhões de euros, o que supera as estimativas dos analistas do CaixaBI que anteviam um crescimento dos lucros para 94 milhões de euros.
Nos primeiros nove meses do ano, a petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira aumentou a produção de petróleo. A produção média líquida ("net entitlement") aumentou 21,6% para 24,9 mil barris de petróleo por dia. A produção "net entitlement" é a que tem impacto integral nas contas da Galp Energia, uma vez que é a produção a que a empresa tem de facto direito, após o pagamento de imposto em espécie nos países onde as concessões se localizam. Só nos três meses terminados em Setembro, a Galp viu este indicador aumentar 28,6% para 28,2 mil barris, "dos quais a produção no Brasil representou 76%".
Já a produção total ("working interest") subiu 17,5% para 28,5 mil barris.
Do lado oposto esteve o processamento de petróleo, que recuou 16,8%. Já a margem de refinação aumentou 4% para 2,4 dólares por barril. A melhoria da margem de refinação foi "reflexo sobretudo da melhoria das margens de refinação no mercado internacional, enquanto o negócio de distribuição de produtos petrolíferos manteve o seu contributo positivo para os resultados", explica a Galp.
No que respeita a vendas directas, as de petróleo caíram 1,2% nos nove meses e as de gás natural diminuíram 4,6%. As vendas de electricidade à rede também desceram 14,2%. No terceiro trimestre as vendas de petróleo e gás natural até aumentaram, ainda que menos de 1%.
O EBITDA da petrolífera melhorou em 5,3% para 915 milhões de euros no acumulado do ano, com a unidade de exploração e produção a registar um aumento de 19,3% e a de gas & power (gás e electricidade) a melhorar em 5,4%. Já a de refinação e distribuição registou uma queda de 10,8%.
(Notícia actualizada às 7h34 com mais informação)