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Galp volta a recusar pagar a taxa extraordinária e continua em tribunal

"Esta era uma taxa que era suposto ser transitória, mas ela é transitória todos os anos", apontou o líder da Galp. A empresa vai colocar de lado 75 milhões em 2017 por causa da CESE.

A Galp reportou um resultado líquido, excluindo excluídos os eventos não recorrentes e o efeito 'stock', de 114 milhões de euros nos primeiros três meses de 2016. O lucro caiu 5,8% mas a petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva mantém-se como a terceira cotada mais lucrativa da bolsa nacional.
28 de Outubro de 2016 às 19:03
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A Galp não vai voltar a pagar a taxa extraordinária de energia em 2017. Pelo quarto ano consecutivo, a petrolífera recusa pagar e vai continuar a lutar contra a taxa em tribunal.

"Discordamos deste imposto, entendemos que viola a tributação às empresas. Não vamos mudar a nossa posição", disse o presidente executivo da empresa esta sexta-feira, 28 de Outubro, na apresentação de resultados.

"Compete aos tribunais tomar essa decisão e nós vamos respeitar a decisão que for tomada", afirmou Carlos Gomes da Silva. A Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético (CESE) entrou em vigor em 2014 e tem sido renovada todos os anos, abrangendo a EDP, Galp e a REN.

"Esta era uma taxa que era suposto ser transitória, mas ela é transitória todos os anos", criticou. Nas contas do fisco, a Galp tem a pagar 240 milhões de euros relativos à CESE original e à CESE 2 pelos anos de 2014, 2015, 2016 e 2017.

No entanto, o líder da petrolífera expressou a preocupação por a CESE voltar a pesar nas contas da empresa pelo quarto ano. "Preocupa-nos na medida em que é mais um ano que onera a actividade económica".

A empresa garante que vai voltar a colocar de lado o dinheiro cobrado pelo fisco. Para 2017 vai provisionar mais de 75 milhões de euros: 52 milhões de euros da CESE 2 - que tributa os ganhos nos contratos de gás natural da Argélia e Nigéria - e 25 milhões da CESE original. 

Para o próximo ano, o Governo prevê arrecadar 90 milhões de euros só com a CESE original.

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