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Galp vai ter reuniões individuais com todos os trabalhadores da refinaria de Matosinhos
A petrolífera prometeu reuniões individuais com os 401 trabalhadores da unidade que vai fechar portas este ano. E prevê manter 70 postos de trabalho em Matosinhos.
A Galp garante que nos próximos meses vai dialogar com cada um dos 401 trabalhadores da refinaria de Matosinhos para tentar encontrar soluções para o futuro após o encerramento desta unidade previsto até junho. "Entre fevereiro e março serão realizadas conversas individuais com as 401 pessoas da Refinaria com o objetivo de identificar as soluções que se afigurem viáveis em cada caso particular e a data de implementação prevista para a mesma, garantindo que todos serão ouvidos e tratados com o respeito e a dignidade que se exige", revelou a Galp em comunicado enviado às redações.
No mesmo documento, a petrolífera adianta ainda que prevê manter cerca de 70 postos de trabalho na unidade de Matosinhos, que vai continuar a funcionar como parque logístico, "encontrando-se em curso uma análise de todos os processos de contratação na empresa, avaliando a possibilidade de direcionar uma parte substancial das vagas de 2021 para promover eventuais situações de mobilidade interna e de requalificação de competências". Um passo que poderá ser concretizado com a integração "do maior número de pessoas noutras funções dentro do grupo Galp", nomeadamente na refinaria de Sines, bem como em outras oportunidades no mercado de trabalho.
Após um conjunto de reuniões, "foram também identificadas as potenciais situações de reformas por velhice e/ou reformas antecipadas por turnos, tendo sido ainda considerado um plano social com condições substancialmente favoráveis para os casos de acordos de pré-reforma ou de rescisões por mútuo acordo", acrescenta.
No mesmo comunicado, a Galp confirma ainda que o fecho da refinaria de Matosinhos será gradual, estando previstas três etapas sequenciais: descomissionamento, desmantelamento e descontaminação, as quais devem prolongar-se durante um período mínimo de três anos.
"O descomissionamento, terá lugar durante 2021 (até final de março para a fábrica de combustíveis, até final de junho para as fábricas de aromáticos e óleos base e até final de dezembro para as utilidades) e destina-se a isentar todas as unidades processuais da presença de produto, preparando os equipamentos de uma forma segura para, a partir de 2022, o seu desmantelamento e subsequente descontaminação, de acordo com plano a definir que resultará das alternativas de uso a serem identificadas", explica a empresa.