Notícia
Galp procura "oportunidades" de investimento em energia eólica e solar no Brasil
O CEO da Galp recebeu esta segunda-feira o ministro das Minas e Energia do Brasil, que garantiu que a empresa portuguesa terá um papel "importante" no desenvolvimento do mercado energético do país.
É um dos países mais importantes na estratégia de investimento da Galp, e nos próximos anos tem margem para aumentar. Ao petróleo e ao gás, a Galp juntou recentemente a aposta em energia solar no Brasil, onde prevê desenvolver 600 MW até 2025. "É só o começo", garantiu Andy Brown, CEO da Galp, esta segunda-feira, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Minas e Energias do Brasil, Bento Albuquerque, que veio apresentar as "oportunidades" e objetivos do país para o setor energético nos próximos 10 a 30 anos.
"Estamos à procura de oportunidades em várias zonas do país. Estamos a olhar para energia solar e eólica, e por oportunidades para criar soluções híbridas com as duas tecnologias", declarou o CEO da Galp. O Brasil tem atualmente 20% de energias renováveis na matriz elétrica, e prevê chegar aos 40% em 2030. "As oportunidades para a Galp são muito grandes", admitiu o ministro brasileiro.
"Queremos expandir a nossa posição nas renováveis no Brasil", sublinhou Andy Brown, reconhecendo que o hidrogénio verde também pode ser uma opção de investimento no futuro. "É um país muito atrativo para o hidrogénio. Não vou dizer que temos planos concretos neste momento, mas vamos considerar a prazo, conforme formos desenvolvendo a nossa posição nas renováveis".
Também o ministro reconheceu que a Galp pode vir a ser um "ator e parceiro importante para o desenvolvimento de tecnologias paralelas, como o hidrogénio".
Na visão de Andy Brown, o Brasil é um país "rico em oportunidades", que garante um "enquadramento regulatório atrativo" para o investimento no setor energético.
Galp com reservas para 50 anos
O responsável destacou ainda os investimentos da Galp na produção de petróleo, nomeadamente no campo de Bacalhau, onde prevê investir 1,5 mil milhões de euros, e que já está em construção. Apesar de Galp ter anunciado o fim de novas pesquisas de petróleo, a empresa vai "continuar a investir" nas explorações que já detém. Face aos atuais preços elevados da matéria-prima, o CEO admite que "o que podemos fazer no imediato é aumentar a oferta". Ao ritmo de produção atual, a Galp tem recursos para 50 anos, revelou o CEO.
"A Galp é uma das empresas de energia com maior participação no mercado brasileiro. É a terceira maior produtora de petróleo do Brasil. E nós somos o sétimo maior produtor exportador de petróleo do mundo, e nos próximos cinco anos estaremos entre os cinco maiores. A Galp já tem um papel importante e terá mais ainda no futuro", notou o ministro Bento Albuquerque.
Andy Brown também ressalvou a importância da liberalização do mercado do gás no Brasil, que permitiu à empresa assinar contratos de fornecimento, e de aquisição, com outras empresas. Nas últimas seis semanas foram assinados seis contratos.
"Estamos ansiosos para poder contribuir para a economia brasileira nas próximas décadas e para aumentar a nossa posição no país", notou.
Ucrânia fora da agenda
O CEO da Galp recebeu o ministro das Minas e Energia do Brasil na véspera de este partir para a Rússia, onde vai junta-se ao presidente Jair Bolsonaro, para apresentar aos russos as "oportunidades" de investimento no país. A tensão com a Ucrânia "não faz parte da agenda" mas poderá entrar nas conversações entre Bolsonaro e Putin, adiantou o ministro. A crise "não impede que continuemos com realizações e reuniões", reforçou.
"A Rússia é um importante parceiro do nosso país. Temos uma relação comercial muito grande com eles. O objetivo do encontro é fortaceler laços de cooperação economica. Vamos ter a oportunidade de apresentar as perspetivas do setor da energia e mineração do Brasil ao governo e a empresas russas". Esta reunião, justificou, estava prevista desde o final de 2019.
O Brasil prevê que os investimentos no setor energético no país atinjam os 620 mil milhões de dólares na próxima década. Nos últimos três anos, através de leilões, o país angariou investimentos na ordem dos 130 mil milhões de dólares.
Além da Galp, Bento Albuquerque vai ainda reunir-se esta tarde com a EDP. "Teremos um importante encontro para tratar dos investimentos no setor elétrico. Nos últimos três anos fizemos 20 leilões de geração e transmissão de energia e a EDP participou em todos. Em 2022, a partir de maio, vamos fazer mais 8. Vou fazer essa apresentação à EDP e procurar fortalecer os laços que já existem", concluiu o ministro brasileiro.
"Estamos à procura de oportunidades em várias zonas do país. Estamos a olhar para energia solar e eólica, e por oportunidades para criar soluções híbridas com as duas tecnologias", declarou o CEO da Galp. O Brasil tem atualmente 20% de energias renováveis na matriz elétrica, e prevê chegar aos 40% em 2030. "As oportunidades para a Galp são muito grandes", admitiu o ministro brasileiro.
Também o ministro reconheceu que a Galp pode vir a ser um "ator e parceiro importante para o desenvolvimento de tecnologias paralelas, como o hidrogénio".
Na visão de Andy Brown, o Brasil é um país "rico em oportunidades", que garante um "enquadramento regulatório atrativo" para o investimento no setor energético.
Galp com reservas para 50 anos
O responsável destacou ainda os investimentos da Galp na produção de petróleo, nomeadamente no campo de Bacalhau, onde prevê investir 1,5 mil milhões de euros, e que já está em construção. Apesar de Galp ter anunciado o fim de novas pesquisas de petróleo, a empresa vai "continuar a investir" nas explorações que já detém. Face aos atuais preços elevados da matéria-prima, o CEO admite que "o que podemos fazer no imediato é aumentar a oferta". Ao ritmo de produção atual, a Galp tem recursos para 50 anos, revelou o CEO.
"A Galp é uma das empresas de energia com maior participação no mercado brasileiro. É a terceira maior produtora de petróleo do Brasil. E nós somos o sétimo maior produtor exportador de petróleo do mundo, e nos próximos cinco anos estaremos entre os cinco maiores. A Galp já tem um papel importante e terá mais ainda no futuro", notou o ministro Bento Albuquerque.
Andy Brown também ressalvou a importância da liberalização do mercado do gás no Brasil, que permitiu à empresa assinar contratos de fornecimento, e de aquisição, com outras empresas. Nas últimas seis semanas foram assinados seis contratos.
"Estamos ansiosos para poder contribuir para a economia brasileira nas próximas décadas e para aumentar a nossa posição no país", notou.
Ucrânia fora da agenda
O CEO da Galp recebeu o ministro das Minas e Energia do Brasil na véspera de este partir para a Rússia, onde vai junta-se ao presidente Jair Bolsonaro, para apresentar aos russos as "oportunidades" de investimento no país. A tensão com a Ucrânia "não faz parte da agenda" mas poderá entrar nas conversações entre Bolsonaro e Putin, adiantou o ministro. A crise "não impede que continuemos com realizações e reuniões", reforçou.
"A Rússia é um importante parceiro do nosso país. Temos uma relação comercial muito grande com eles. O objetivo do encontro é fortaceler laços de cooperação economica. Vamos ter a oportunidade de apresentar as perspetivas do setor da energia e mineração do Brasil ao governo e a empresas russas". Esta reunião, justificou, estava prevista desde o final de 2019.
O Brasil prevê que os investimentos no setor energético no país atinjam os 620 mil milhões de dólares na próxima década. Nos últimos três anos, através de leilões, o país angariou investimentos na ordem dos 130 mil milhões de dólares.
Além da Galp, Bento Albuquerque vai ainda reunir-se esta tarde com a EDP. "Teremos um importante encontro para tratar dos investimentos no setor elétrico. Nos últimos três anos fizemos 20 leilões de geração e transmissão de energia e a EDP participou em todos. Em 2022, a partir de maio, vamos fazer mais 8. Vou fazer essa apresentação à EDP e procurar fortalecer os laços que já existem", concluiu o ministro brasileiro.