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Hidrogénio verde injetado na rede de gás natural em projeto pioneiro em Portugal

Seixal foi escolhido como laboratório do projeto, o primeiro do tipo em Portugal, que vai levar uma mistura de gás natural e hidrogénio a 80 clientes residenciais, terciários e industriais, a partir de janeiro.

15 de Outubro de 2021 às 19:50
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A Galp Gás Natural Distribuição (GGND) vai injetar hidrogénio verde na rede de gás, numa experiência pioneira em Portugal, financiada pelo Fundo de Apoio à Inovação (FAI).

O "Green Pipeline Project" vai abranger 80 clientes residenciais, terciários e industriais que, a partir de janeiro de 2022, vão começar a receber uma mistura de gás natural e hidrogénio.

Inicialmente, vai ser injetado 2% de hidrogénio na rede de gás natural, uma percentagem que vai ser elevada gradualmente até atingir um máximo de 20%, explica a GGND, garantindo que todo o processo será "monitorizado e acompanhado em detalhe por um grupo de especialistas".

"É um marco importante para o sistema energético nacional, porque promove uma mudança para uma economia mais verde, tendo como base uma das redes de distribuição de gás mais modernas da Europa", realça o CEO da GGND, Gabriel Sousa, citado num comunicado, na sequência do evento de apresentação do projeto que contou, entre outros, com o secretário de Estado Adjunto da Energia, João Galamba.

O hidrogénio verde, combustível 100% renovável, vai ser produzido no Parque Industrial do Seixal, no distrito de Setúbal, através da parceria da GGND com a empresa portuguesa Gestene.

Mas há vários outros parceiros, de áreas como engenharia e construção, bem como contributos designadamente da academia e de instituições públicas e privadas, sublinha a GGND, que gere nove das onze empresas de distribuição de gás em Portugal, contando com mais de 1,1 milhões de clientes ativos.

Além do financiamento, o FAI atribuiu ao projeto a avaliação de "mérito excecional", por constituir o "resultado de um projeto ambicioso, inovador e pioneiro" em Portugal, que "pretende democratizar o acesso a uma economia mais verde", apontou Bruno Veloso, membro da comissão executiva do fundo, em declarações reproduzidas na mesma nota.

Em paralelo, sublinhou, "os resultados e o conhecimento obtidos com este projeto serão do domínio público, particularmente do interesse de todos os ‘stakeholders’, fundamental para o rápido crescimento de projetos ‘power-to-gas’ e garantindo que o investimento público resulta em benefício de todos".

 

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