A EGF, sociedade controlada pelo empresário Filipe de Botton, voltou a reduzir no capital da REN – Redes Energéticas Nacionais, tendo passado a deter 4,99% da empresa presidida por Rui Vilar, segundo um comunicado da REN à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A redução resultou de uma série de operações de venda por parte da EGF entre 22 de Abril e 19 de Junho, de acordo com o comunicado enviado à CMVM. Foram vendidas mais de 15,6 milhões de acções da REN directamente através da EGF – Gestão e Consultoria Financeira e mais de 10,9 milhões de papéis por via da Logofinance, que é detida pela EGF.

Esta diminuição da participação está em linha com a intenção já anunciada por Filipe de Botton de progressivamente se desfazer da sua posição na REN, depois de a privatização da empresa ter deixado o controlo da empresa nas mãos de investidores internacionais, entre os quais a State Grid of China (25%) e a Oman Oil (15%).

Em Abril, Filipe de Botton decidiu abandonar a administração da REN, anunciando também a intenção de sair do capital da empresa, onde nessa altura detinha uma participação de 8,4%. Mas nesse momento o empresário assegurou que não avançaria com operações de venda que pudessem ameaçar o sucesso da privatização dos últimos 11% do Estado na REN, operação já concluída.

Na sequência desta fase final de privatização, a Fidelidade, seguradora controlada pela chinesa Fosun, passou a deter uma participação qualificada na REN.