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Espanha compromete-se a ter fatura da luz aos níveis de 2018

Pedro Sánchez, em entrevista ao El País, assegura que o Governo espanhol está a trabalhr com o compromisso de proteger os consumidores mais vulneráveis.

Reuters
Negócios 05 de Setembro de 2021 às 10:40
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Os preços da eletricidade no mercado ibérico têm registado recordes atrás de recordes na componente grossista. Espanha tem tomado várias medidas para que esse impacto seja atenuado para os consumidores, já que os preços finais no país vizinho oscilam mensalmente consoante o mercado. Por cá há a ERSE fixa anualmente os preços para o segmento regulado, podendo trimestralmente ajustar se o preço for muito distante da estimativa.

Pedro Sánchez, líder do governo espanhol, assume o compromisso, em entrevista ao El País, de que os consumidores no final de 2021 estejam com preços semelhantes aos de 2018. "O Governo encarrega-se da preocupação social. Estamos a trabalhar com o plano para alcançarmos o compromisso concreto de no final de 2021 os espanhóis olhem para trás e vejam que pagaram na fatura da luz uma quantidade semelhante à que pagaram em 2018".

Clarifica que uma coisa são os preços grossistas, outra é a fatura de eletricidade."O que o Governo pode fazer é amortizar a evolução do preço grossista. Primeiro, com reformas estruturais, 
com uma aposta decisiva pelas energias renováveis, não apenas por questões de alteração climáticas, mas porque também são mais baratas. Os futuros da eletricidade estão a dizer que Espanha, em 2022 e 2023, graças às renováveis, vai ter preços inferiores a França e à Alemanha".

Pedro Sánchez recorda que o Governo espanhol baixou o IVA da eletricidade de 21% para 10%, beneficiando 28 milhões de consumidores e 2,8 milhões de empresa, tendo um impacto nas contas públicas de 1.400 milhões de euros.

E garante que uma preocupação do Executivo foi proteger os consumidores mais vulneráveis, proibindo o corte de luz a quem não consegue pagar. Há ainda o projeto de definir um consumo mínimo vital. Também acrescenta como medidas do seu Governo a revisão dos benefícios que têm as elétricas, desviando dos consumidores um impacto de 650 milhões de euros que são, agora, pagos pelas elétricas.

Fala ainda dos 1.200 milhões de euros que o Governo espanhol detinou ao autoconsumo no seu plano de recuperação. 

E reforça: "vamos tomar medidas para garantir esse objetivo: que os espanhóis, quando virem o que pagaram em 2021 no recibo da luz, comprovem que é o mesmo ou semelhante ao que pagaram em 2018, descontando o efeito da inflação". 

Pedro Sánchez descarta, ainda assim, a constituição de uma empresa pública, como pretendido pelo parceiro Unidas Podemos, mas admite que é um tema que será discutido no congresso.
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