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Empresa de energias renováveis espanhola adia IPO devido a volatilidade no setor
A fraca procura e o desempenho negativo das pares espanholas que colocaram as ações em bolsa ditaram a decisão de adiar o IPO, mas a Opdenergy mantém o objetivo de entrar em bolsa
Depois do "boom" de entradas de empresas de energias renováveis na bolsa espanhola, surge agora um revés. A Opdenergy cancelou a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) com que previa ter as suas ações dispersas em bolsa já no final desta semana (7 de maio).
A companhia cita as "condições instáveis no mercado em geral" e em particular entre as empresas de energias renováveis para explicar a decisão de adiar o IPO com o qual a Opdenergy previa angariar 375 milhões de euros.
De acordo com a Reuters, as ordens para subscrição de ações estavam fracas, pelo que a empresa decidiu para já cancelar a operação, embora mantenha o objetivo de dispersar capital na bolsa espanhola.
As empresas de energias renováveis têm recorrido à bolsa para financiar os seus planos de investimento, beneficiando com o apetite dos investidores por este setor. Contudo, os últimos IPO em Espanha já deram sinais menos positivos.
A Ecoener afundou 15% na estreia em bolsa na sessão de terça-feira depois de uma procura fraca no IPO. As ações da Solaria e da Neoen (também espanholas) já perderam 30% do valor de mercado este ano.
E há mais empresas na fila em Espanha para colocar as suas ações em bolsa, com destaque para a unidade de energias renováveis da Acciona, que tem como objetivo atingir uma avaliação de 8 mil milhões de euros.
Em Portugal, a Altri quer o seu negócio de renováveis, a Greenvolt, a cotar em bolsa, tendo a operação sido já aprovada pelos acionistas. A Altri tem uma estrutura acionistas semelhante à da Cofina, empresa que detém o Jornal de Negócios.