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EDP distribui mais electricidade e menos gás até Setembro

A distribuição de gás caiu 36% nos primeiros nove meses do ano devido ao mercado espanhol. A electricidade distribuída em Portugal aumentou 1,5% suportada pela recuperação da actividade económica.

Miguel Baltazar/Negócios
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A EDP distribuiu mais electricidade e menos gás entre Janeiro e Setembro de 2015 na Península Ibérica face ao período homólogo do ano passado.

 

Segundo os dados previsionais apresentados esta sexta-feira, que servem de termómetro para as contas a revelar a 29 de Outubro, no cômputo total da energia distribuída em Portugal e Espanha nos nove primeiros meses do ano, a eléctrica presidida por António Mexia registou um recuo de 9%, devido à venda de activos de gás em Espanha no quarto trimestre de 2014. Excluindo o impacto desta venda, "a energia distribuída teria crescido 0,8%", refere a EDP.

A electricidade distribuída pela empresa na Península Ibérica aumentou 1,3% devido à "recuperação da actividade económica". O gás distribuído diminuiu 36% nos primeiros nove meses do ano, "reflectindo essencialmente a alienação de redes em Múrcia, Extremadura e Gerona no quarto trimestre de 2014, que resultou na queda de 41% do gás distribuído em Espanha (excluindo o impacto da alienação, o gás distribuído teria crescido 4%)".

Entre Janeiro e Setembro, a capacidade instalada da EDP aumentou 8% em termos homólogos para 24 GW, "em resultado da nova capacidade eólica e solar, da consolidação integral da central a carvão de Pecém, no Brasil, e da nova capacidade hídrica em Portugal".

A produção total cresceu 4% nos primeiros nove meses de 2015 devido a uma "maior produção na Ibéria e no Brasil" e a uma "maior produção eólica resultante do aumento de capacidade na Europa e nos Estados Unidos". 

A produção hídrica e eólica representou 69% da produção entre Janeiro e Setembro de 2015.

BPI destaca produção térmica
"A evolução geral esteve em linha com as tendências já identificadas, graças a um crescimento na produção térmica na Península Ibéria", que ascendeu a 24% nos primeiros nove meses do ano, destaca a equipa de análise do BPI. O banco considera que "a ligeira recuperação na produção térmica, juntamente com os preços mais elevados, deverá permitir um melhor trimestre homólogo em termos de margens na unidade liberalizada ibérica". 

Isto porque, acrescenta, "os custos de geração terão continuado estáveis". Por outro lado, acrescentam os especialistas, "a seca brasileira deverá continuar a afectar muito negativamente os resultados no Brasil, devido à cobertura de geração muito pouco limitada, que ficou em 86% no terceiro trimestre". 


(Notícia actualizada às 09h12, com mais informação)

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