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EDP vende défice e desvio tarifário em Portugal por quase 900 milhões de euros

Depois de ter mais do que duplicado entre 2023 e 2024 (de um mínimo de 13 anos situados nos 879 milhões, para 1.995 milhões), o défice tarifário irá descer em 2025 para 1.589 milhões de euros.

Em maio, o CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, anunciou uma revisão em baixa dos investimentos.
Miguel Baltazar
19 de Dezembro de 2024 às 20:36
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A EDP anunciou esta quinta-feira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que a SU Eletricidade (antiga EDP Universal), a empresa que atua como comercializadora de último recurso do sistema elétrico português, e que é detida a 100% pela elétrica portuguesa, acordou a venda sem recurso de 700 milhões do défice tarifário de 2025.


"Este défice tarifário resultou do diferimento por quatro anos da recuperação do diferencial de custos a suportar pela SU em 2025, incluindo os ajustamentos dos dois anos anteriores (2023 e 2024), relacionados com a compra de eletricidade a produtores que beneficiam de regimes de remuneração garantida ou outros regimes subsidiados", disse a empresa no mesmo comunicado.

Depois de ter mais do que duplicado entre 2023 e 2024 (de um mínimo de 13 anos situados nos 879 milhões, para 1.995 milhões), a divida tarifária irá descer em 2025 para 1.589 milhões de euros. "A decisão tarifária para 2025 permite que a dívida tarifária recupere uma trajetória de descida, interrompida em 2024", explicou a ERSE esta semana, quando revelou as tarifas de eletricidade para o próximo. 


A EDP anunciou ainda ao mercado que, separadamente, a E-REDES – Distribuição de Eletricidade (operadora da rede de distribuição de eletricidade em Portugal), também detida a 100% pela EDP, "acordou a venda sem recurso da totalidade do ajustamento definitivo de 2023 relativo às atividades de distribuição de energia elétrica e de compra e venda do acesso à rede de transporte".

Soma-se ainda o "ajustamento provisório de 2024 respeitante às medidas de sustentabilidade ou contenção tarifária do sistema elétrico nacional que integram a atividade de compra e venda do acesso à rede de transporte". No caso da E-Redes a venda será por um montante total de 150 milhões de euros. 

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