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EDP vai ter de alterar marcas dos serviços regulados até 2020
A EDP Serviço Universal vai passar a designar-se SU Eletricidade e o grafismo vai passar a ser verde. A alteração, aprovada pela ERSE, visa ajudar os consumidores a diferenciarem as empresas do grupo EDP.
A ERSE aprovou a total separação da imagem da EDP Serviço Universal (EDP SU) das restantes entidades integradas no universo do grupo EDP. Esta alteração imposta pelo regulador tem como objetivo “evitar confusão com as demais marcas do grupo EDP”, sublinha a entidade liderada por Cristina Portugal.
Após as propostas de alteração enviadas pela empresa liderada por António Mexia, o regulador informa que a EDP Serviço Universal - empresa que abastece os clientes de electricidade que ainda estão no mercado regulado - vai passar a designar-se SU Eletricidade e a linha gráfica terá a cor verde, em detrimento do vermelho característico da elétrica.
A EDP terá agora que efetuar as alterações até 15 de janeiro de 2020.
Para garantir a total distinção, a ERSE determinou ainda que “a nova imagem não contém, nem poderá conter, elementos gráficos, cromáticos, simbológicos ou comunicacionais comuns com nenhuma das empresas integradas no mesmo grupo empresarial, designadamente, com o comercializador em regime de mercado (EDP Comercial) ou o operador de redes (EDP Distribuição)”.
A obrigação da alteração da imagem da EDP Distribuição e EDP Serviço Universal – empresas que desenvolvem atividades reguladas – foi anunciada pelo regulador no final de 2017.
A ERSE tinha estipulado que a EDP devia apresentar as propostas de alteração de imagem até 21 de março deste ano. Um prazo cumprido pela elétrica, que na altura apontou logo que seriam necessários pelo menos 18 meses para efetuar todas as mudanças que a decisão implica, como a alteração de uniformes, do parque automóvel e até as faturas. Além da curta janela temporal, a EDP alegou também que os termos propostos pela ERSE constituem uma operação onerosa.
O processo de alteração da marca da EDP Distribuição, ainda pendente, desacelerou depois de em 2018 o Executivo ter aprovado o lançamento do concurso para as concessões municipais de distribuição elétrica em baixa tensão, como noticiou o Negócios. Tendo em conta que concurso ainda estava a ser delineado, havendo alguma incerteza em torno do modelo, o regulador decidiu repensar os moldes da obrigação da mudança de marcas destas duas empresas do grupo EDP. Até porque uma mudança de marca implica um processo moroso, complexo e tem custos, detalharam as mesmas fontes.