Notícia
EDP Renováveis ganha contrato para fornecer energia na Escócia
Com capacidade para 950 MWh, o parque eólico no mar deverá estar pronto a fornecer energia a quase um milhão de casas na Escócia em 2022/2023. É o segundo maior projecto aprovado entre os 11 que viram luz verde do governo britânico.
Um consórcio liderado pela EDP Renováveis ganhou em leilão um contrato no Reino Unido para o fornecimento, ao longo de 15 anos, de 950 MW de energia de geração eólica a partir de um parque eólico offshore (no mar).
O contrato, firmado com o departamento governamental para a estratégia empresarial, energética e industrial, pressupõe uma tarifa de 57,5 libras por megawatt/hora (MWh), valor baseado em 2012, segundo o comunicado enviado pela empresa de renováveis à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Moray Offshore Windfarm (East) é assim um dos 11 projectos anunciados esta segunda-feira, 11 de Setembro, pelo governo britânico, no âmbito da segunda ronda de alocações de "contracts for difference". Em capacidade instalada, o parque eólico da EDP Renováveis é o segundo maior entre os projectos, só superado pelo Hornsea Project 2 (1.386 MWh) .
"Após a conclusão da fase de desenvolvimento, e da selecção de todos os parceiros e fornecedores para as diferentes fases de construção e operação, o consórcio poderá dar início à construção do parque eólico, o qual deverá estar concluído em 2022", lê-se no comunicado da EDP Renováveis.
Segundo o site do governo, as entregas de energia deverão iniciar-se em 2022/23 e abranger 987.220 casas em território da Escócia. As autoridades britânicas asseguram que este projecto, juntamente com os outros 10 aprovados - valendo no total 176 milhões de libras por ano - vai gerar mais de 3GW de electricidade e fornecer 3,6 milhões de casas.
O modelo de contratação agora estabelecido permitirá, segundo o governo britânico, reduzir a metade os custos suportados pelo Estado em subsídios à produção de renováveis, em relação a contratos semelhantes firmados em 2015.
Em Março passado, o CEO da empresa, João Manso Neto (na foto) dizia que a empresa se preparava para dar mais um passo na central eólica "offshore" ao largo da Escócia que tinha sofrido atrasos devido ao Brexit. "Trabalhámos muito nisto, temos um bom projecto", disse então o líder da energética aos analistas.
"Com o anúncio de hoje, a EDPR aumenta as suas opções de crescimento na área da energia eólica offshore num mercado atraente, melhorando e diversificando assim as soluções de crescimento de lucros a longo prazo da empresa, ao mesmo tempo que mantém um perfil de risco equilibrado. (...)
Este leilão demonstrou a real evolução da redução de custos e o nosso resultado mostra o quão acessível a energia eólica offshore pode ser em comparação com outras tecnologias, incluindo nova geração térmica. O Reino Unido precisa de mais infraestrutura de geração com baixa emissão de carbono para manter a segurança do abastecimento face a um futuro cada vez mais incerto. A EDPR demonstrou o que pode ser conseguido neste local. É do interesse do Reino Unido permitir-nos continuar este sucesso noutros locais," disse Manso Neto, num comunicado divulgado posteriormente pela EDPR.
Além da EDPR (com 77% do consórcio), integra o agrupamento a empresa de origem francesa ENGIE (com 23%), que anunciou a compra da participação em 7 de Julho por 23,7 milhões de euros. A Renováveis tem autorização para produzir energia no local concedida desde 2010, tendo o governo escocês, em Março de 2014, autorizado o desenvolvimento de até 1.116 MW de energia eólica offshore, potência suficiente para abastecer cerca de 700 mil habitações.
Os "contracts for difference" permitem, de acordo com o governo britânico, garantir certeza de longo prazo aos investidores e possibilitam o investimento numa nova geração de fornecimento limpo e seguro de energia. Os concorrentes propõem um preço para o pagamento da tarifa e a selecção é feita tendo em consideração o valor mais baixo.
As acções da EDP Renováveis somam 0,22% para 6,97 euros.
O contrato, firmado com o departamento governamental para a estratégia empresarial, energética e industrial, pressupõe uma tarifa de 57,5 libras por megawatt/hora (MWh), valor baseado em 2012, segundo o comunicado enviado pela empresa de renováveis à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
"Após a conclusão da fase de desenvolvimento, e da selecção de todos os parceiros e fornecedores para as diferentes fases de construção e operação, o consórcio poderá dar início à construção do parque eólico, o qual deverá estar concluído em 2022", lê-se no comunicado da EDP Renováveis.
Segundo o site do governo, as entregas de energia deverão iniciar-se em 2022/23 e abranger 987.220 casas em território da Escócia. As autoridades britânicas asseguram que este projecto, juntamente com os outros 10 aprovados - valendo no total 176 milhões de libras por ano - vai gerar mais de 3GW de electricidade e fornecer 3,6 milhões de casas.
O modelo de contratação agora estabelecido permitirá, segundo o governo britânico, reduzir a metade os custos suportados pelo Estado em subsídios à produção de renováveis, em relação a contratos semelhantes firmados em 2015.
Em Março passado, o CEO da empresa, João Manso Neto (na foto) dizia que a empresa se preparava para dar mais um passo na central eólica "offshore" ao largo da Escócia que tinha sofrido atrasos devido ao Brexit. "Trabalhámos muito nisto, temos um bom projecto", disse então o líder da energética aos analistas.
"Com o anúncio de hoje, a EDPR aumenta as suas opções de crescimento na área da energia eólica offshore num mercado atraente, melhorando e diversificando assim as soluções de crescimento de lucros a longo prazo da empresa, ao mesmo tempo que mantém um perfil de risco equilibrado. (...)
Este leilão demonstrou a real evolução da redução de custos e o nosso resultado mostra o quão acessível a energia eólica offshore pode ser em comparação com outras tecnologias, incluindo nova geração térmica. O Reino Unido precisa de mais infraestrutura de geração com baixa emissão de carbono para manter a segurança do abastecimento face a um futuro cada vez mais incerto. A EDPR demonstrou o que pode ser conseguido neste local. É do interesse do Reino Unido permitir-nos continuar este sucesso noutros locais," disse Manso Neto, num comunicado divulgado posteriormente pela EDPR.
Além da EDPR (com 77% do consórcio), integra o agrupamento a empresa de origem francesa ENGIE (com 23%), que anunciou a compra da participação em 7 de Julho por 23,7 milhões de euros. A Renováveis tem autorização para produzir energia no local concedida desde 2010, tendo o governo escocês, em Março de 2014, autorizado o desenvolvimento de até 1.116 MW de energia eólica offshore, potência suficiente para abastecer cerca de 700 mil habitações.
Os "contracts for difference" permitem, de acordo com o governo britânico, garantir certeza de longo prazo aos investidores e possibilitam o investimento numa nova geração de fornecimento limpo e seguro de energia. Os concorrentes propõem um preço para o pagamento da tarifa e a selecção é feita tendo em consideração o valor mais baixo.
As acções da EDP Renováveis somam 0,22% para 6,97 euros.
(Notícia actualizada às 10:02 com declarações de João Manso Neto)