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EDP Renováveis fecha novo contrato "de longo prazo" nos EUA
A EDP Renováveis tem um novo contrato para a venda da energia eólica produzida nos Estados Unidos. É um projecto a longo prazo, cumprindo assim uma estratégia da empresa do grupo EDP.
A EDP Renováveis fechou um novo contrato nos Estados Unidos da América para a venda da energia que vai produzir num parque eólico no país, a abrir em 2018. A empresa presidida por João Manso Neto (na foto) fala em "longo prazo", embora não indique qual o prazo efectivo.
"A EDP Renováveis, S.A. ("EDPR"), através da sua subsidiária EDP Renewables North America LLC, estabeleceu um contrato de longo-prazo com a Cummins Inc., para a venda de energia produzida por 75 MW relativos ao parque eólico Meadow Lake VI", assinala um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A Cummins é uma eléctrica norte-americana.
Foi relativamente a esse mesmo parque eólico Meadow Lake VI que foi já assinado, em Novembro do ano passado, um outro contrato. Aí, a energia produzida por 75 megawatts foi comprada pela Wabash Valley Power Association, sendo que, dessa vez, o comunicado oficial indicava que tinha um comprador para a energia produzida por 20 anos.
"O projecto, que irá agora totalizar 150 MW, está localizado no Estado de Indiana com início das operações esperado ocorrer em 2018", concretiza a empresa de energias renováveis, que pertence ao grupo EDP.
Objectivo de projectos no longo prazo
Segundo a mesma fonte, a companhia de energias verdes "já assegurou 1,3 GW de contratos de longo-prazo nos EUA, para projectos a serem instalados em 2016-2020 […], representando actualmente mais de 70% dos 1,8 GW de objectivo de adições de capacidade nos EUA para o período". Ou seja, a EDP Renováveis sublinha que a grande parte da expansão da sua capacidade é feita com contratos em que há garantia de comprador para a energia.
"A EDPR irá continuar a executar a sua estratégia de crescimento suportado no desenvolvimento de projectos competitivos e com visibilidade de longo-prazo", conclui o comunicado da empresa que, após a oferta pública de aquisição, ficou com 82,56% do seu capital nas mãos da EDP e os restantes 17,44% nas de minoritários. Nessa oferta, a eléctrica presidida por António Mexia pretendia retirar a EDP Renováveis de bolsa, querendo avançar para uma fusão transfronteiriça entre esta e a EDP (a Renováveis tem sede em Espanha) - a EDP não conseguiu atingir os objectivos, pelo que esse objectivo não pode ser concretizado no imediato.
No primeiro semestre deste ano, a EDP Renováveis tinha mais capacidade instalada nos EUA do que em Portugal e Espanha somados. É também na maior economia do mundo, e apesar dos receios sobre as mudanças pretendidas por Donald Trump no campo das energias renováveis, que tem mais projectos em crescimento.
Nos últimos meses, a companhia sob o comando de Manso Neto tem também fechado estruturas de "tax equity", em que, com o objectivo de uma "utilização eficiente dos benefícios fiscais a serem gerados" nos projectos em que se envolve, financia-se junto de instituições financeiras a troco da concessão de participações nos parques eólicos.