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EDP Renováveis fecha contrato de 25 anos na Polónia para projetos eólicos de 369,5 MW com a Engie
A empresa nacional assegurou um contrato no Mar Báltico, ao largo da costa da Polónia, para dois projetos eólicos em parceria com a francesa Engie. Fica assim com 3,7 gigawatts de capacidade bruta operacional e assegurada naquela geografia.
Assim, "no seguimento deste êxito na Polónia, a Ocean Winds tem agora 0,5 gigawatts de capacidade bruta operacional e 3,2 gigawatts de capacidade bruta assegurada para ser instalada de 2021 em diante, totalizando 3,7 Gigawatts de capacidade bruta operacional e assegurada", diz a empresa em comunicado.
No mesmo documento, a empresa liderada por Miguel Stilwell adianta que o contrato tem um valor máximo de 319,6 zlotys por megawatt por hora, o que equivale a cerca de 70,8 euros.
"O Contrato por diferença foi atribuído ao B&C Wind pelo Gabinete Regulatório de Energia polaco no contexto do programa polaco de suporte ao desenvolvimento da tecnologia eólica 'offshore', que foi recentemente aprovado pela Comissão Europeia", diz a empresa portuguesa, acrescentando que "mais concretamente, o contrato por diferença foi atribuído durante a primeira fase do programa 'offshore' da Polónia".
Um contrato por diferença é um contrato estabelecido por duas partes, em que, neste caso, a EDP garante uma remuneração de longo prazo para a energia que vai produzir, com a condição de a vender no mercado ao preço estabelecido. Mas se o preço cair abaixo daquele que está contratualizado, o Estado polaco vai compensar a empresa portuguesa; e se o preço subir é a empresa que vai pagar a diferença.
Em dezembro do ano passado, a Bloomberg noticiou que a EDP e a Engie formaram uma aliança com a polaca Tauron para instalar infraestruturas de energia eólica no mar Báltico, ficando acordado que esta terceira empresa ia ter uma participação de 50% nas unidades da Ocean Winds que detenham licenças 'offshore' na Polónia, ao mesmo tempo que a Ocean Winds compra 50% da participação nas licenças que são da Tauron.
De acordo com o comunicado emitido pela Tauron, na altura, foram necessários vários meses de negociações, mas o negócio acabou por ser fechado tendo em conta que este tipo de energia constitui um "elemento importante" da estratégia de transformação do setor na Polónia e na Europa.
O presidente da Tauron afirmou ainda que o mar Báltico é considerado um dos lugares mais promissores no que toca ao desenvolvimento desta energia, ao nível do Velho Continente, dadas as características de profundidade e a intensidade do vento.
Contudo, neste comunicado agora enviado pela EDP Renováveis não é feita qualquer menção à Tauron.