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EDP Renováveis fecha contrato de 25 anos na Polónia para projetos eólicos de 369,5 MW com a Engie

A empresa nacional assegurou um contrato no Mar Báltico, ao largo da costa da Polónia, para dois projetos eólicos em parceria com a francesa Engie. Fica assim com 3,7 gigawatts de capacidade bruta operacional e assegurada naquela geografia.

EDP Renováveis
30 de Junho de 2021 às 07:16
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A portuguesa EDP Renováveis, através da "joint-venture" com a Engie, Ocean Winds, fechou um contrato por diferença de 25 anos no Mar Báltico, ao largo da costa da Polónia, para dois projetos eólicos com capacidade de 369,5 megawatts, de acordo com um comunicado enviado à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), na pré-abertura de sessão desta quarta-feira.

Assim, "no seguimento deste êxito na Polónia, a Ocean Winds tem agora 0,5 gigawatts de capacidade bruta operacional e 3,2 gigawatts de capacidade bruta assegurada para ser instalada de 2021 em diante, totalizando 3,7 Gigawatts de capacidade bruta operacional e assegurada", diz a empresa em comunicado.

A licença para este novo contrato foi atribuída pelo Gabinete Regulatório de Energia polaco aos projetos "offshore" B-Wind e C-Wind ("B&C Wind") na Polónia, dois projetos eólicos "offshore" no Mar Báltico ao largo da costa da Polónia que são detidos a 100% pela Ocean Winds – a parceria "offshore" 50/50 entre a EDP Renováveis e a Engie.

No mesmo documento, a empresa liderada por Miguel Stilwell adianta que o contrato tem um valor máximo de 319,6 zlotys por megawatt por hora, o que equivale a cerca de 70,8 euros. 

"O Contrato por diferença foi atribuído ao B&C Wind pelo Gabinete Regulatório de Energia polaco no contexto do programa polaco de suporte ao desenvolvimento da tecnologia eólica 'offshore', que foi recentemente aprovado pela Comissão Europeia", diz a empresa portuguesa, acrescentando que "mais concretamente, o contrato por diferença foi atribuído durante a primeira fase do programa 'offshore' da Polónia".

Um contrato por diferença é um contrato estabelecido por duas partes, em que, neste caso, a EDP garante uma remuneração de longo prazo para a energia que vai produzir, com a condição de a vender no mercado ao preço estabelecido. Mas se o preço cair abaixo daquele que está contratualizado, o Estado polaco vai compensar a empresa portuguesa; e se o preço subir é a empresa que vai pagar a diferença. 

Em dezembro do ano passado, a Bloomberg noticiou que a EDP e a Engie formaram uma aliança com a polaca Tauron para instalar infraestruturas de energia eólica no mar Báltico, ficando acordado que esta terceira empresa ia ter uma participação de 50% nas unidades da Ocean Winds que detenham licenças 'offshore' na Polónia, ao mesmo tempo que a Ocean Winds compra 50% da participação nas licenças que são da Tauron. 

De acordo com o comunicado emitido pela Tauron, na altura, foram necessários vários meses de negociações, mas o negócio acabou por ser fechado tendo em conta que este tipo de energia constitui um "elemento importante" da estratégia de transformação do setor na Polónia e na Europa.

O presidente da Tauron afirmou ainda que o mar Báltico é considerado um dos lugares mais promissores no que toca ao desenvolvimento desta energia, ao nível do Velho Continente, dadas as características de profundidade e a intensidade do vento.

Contudo, neste comunicado agora enviado pela EDP Renováveis não é feita qualquer menção à Tauron.

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