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EDP Renováveis com três novas centrais eólicas em Portugal em 2018

A central marítima Windfloat e as centrais de Maunça e da Vigia entram em operação no próximo ano. A eléctrica vai tomar a decisão final sobre a central eólica marítima na Escócia no final de 2018.

O Haitong avalia as acções da EDP Renováveis em 8,00 euros, o que implica um potencial de valorização 35%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que a EDP Renováveis apresenta uma avaliação “muito atractiva”, estando a negociar em bolsa tendo em conta um cenário “muito pessimista”, com um crescimento nulo na capacidade instalada e um aumento de 50 pontos base no custo médio do capital. Trata-se de uma avaliação “injustificada, pois acreditamos que a acção deve começar a apresentar uma melhor prestação assim que as notícias nos Estados Unidos confirmarem que não era tão más como o esperado”.

O Haitong considera que o mercado reagiu de forma exageradamente negativa aos riscos regulatórios nos Estados Unidos devido à vitória de Donald Trump nas eleições. “Dado que a regulação nos Estados Unidos advém de três fontes (Presidente, Congresso e Estados) e pelo menos duas não mudaram, acreditamos que o risco regulatório é mais baixo do que está a ser apreendido pelo mercado”, acrescenta.
Miguel Baltazar/Negócios
03 de Novembro de 2017 às 15:56
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Três novas centrais eólicas da EDP Renováveis em Portugal vão iniciar a sua operação em 2018, avançou o presidente da EDP Renováveis esta sexta-feira, 3 de Novembro.

Uma destas centrais é o projecto eólico marítimo Windfloat cuja construção deve estar concluída até final de 2018, vai ficar localizada ao largo de Viana do Castelo, com uma potência instalada de 25 MW dividida por três aerogeradores. Na primeira fase de testes, na Póvoa do Varzim, a turbina eólica flutuante de 2 MW resistiu a ondas de 17 metros e a ventos de mais de 100 quilómetros por hora durante cinco anos. Este projecto pertence ao consórcio Windplus liderado pela EDP Renováveis, é constituído pela espanhola Repsol, a francesa Engie, e as japonesas Mitsubishi e Chiyoda.

O Windfloat tem um custo total estimado de 115 milhões de euros. Uma das partes mais dispendiosas do projecto é o cabo submarino para levar a electricidade produzida no mar até terra. A REN calculou que são precisos 48 milhões de euros para levar a electricidade produzida pelo projecto Windfloat até às casas dos portugueses, isto numa primeira fase. Este valor inclui o financiamento do cabo submarino de 17 quilómetros, que liga a central eólica flutuante à costa, e de linhas aéreas de 150 kilowatts para fazer a ligação até uma subestação em terra.

As outras duas centrais eólicas que a EDP prevê que entrem em operação em 2018 são as de Maunça com 20 megawatts de potência, no distrito de Leiria, e Vigia com 28 megawatts, no distrito de Viseu. Estas centrais foram originalmente aprovadas em 2008, têm direito a produção subsidiada (tarifa feed-in) e implicam um investimento no valor de 50 milhões de euros.

"Vamos começar e acabar para o ano estas duas centrais", disse João Manso Neto à margem da conferência anual da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico (Elecpor) que teve lugar em Lisboa.

Questionado sobre se os licenciamentos das centrais estavam a sofrer atrasos, o gestor limitou-se a dizer que as "coisas estão a correr normalmente".


Em relação à central eólica marítima na Escócia, João Manso Neto disse que a EDP Renováveis já tem "todas as autorizações" e que deverá tomar a sua decisão de investimento final "dentro de um ano".

Esta semana a Vestas anunciou que ganhou um contrato para fornecer turbinas à EDP Renováveis na Escócia. A empresa dinamarquesa vai fornecer e instalar 100 turbinas, com cada uma a ter 9,5 megawatts de potência, para a central eólica marítima de Moray Offshore Windfarm East. Esta central que vai ter uma potência instalada de 950 megawatts fica localizada a 22 quilómetros da costa leste da Escócia na zona de Outer Moray Firth.

O projecto é detido maioritariamente pela EDP Renováveis (76,7%) e pelos franceses da Engie (23,3%). O contrato tem um valor total de 1.500 milhões de dólares (quase 1.300 milhões de euros), segundo contas da Bloomberg.

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