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EDP cria maior comunidade de energia na FIL com mais de 9 mil painéis solares

A central solar deverá estar operacional em 2026. A parceria entre a EDP e a Fundação AIP vai permitir ainda partilhar energia renovável com os mais de cinco mil vizinhos.

11 de Julho de 2024 às 17:00
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A EDP Comercial e o Grupo Fundação AIP assinaram um contrato para a instalação de uma central solar que vai contar com mais de 9 mil painéis fotovoltaicos, criando "a maior comunidade de energia em Portugal e, possivelmente, a maior da Península Ibérica",  segundo a administradora da elétrica, Vera Pinto Pereira.

A central solar, de 5,1 Mwp, irá ocupar a cobertura dos quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, e deverá produzir cerca de 6,8 GWh/ano, "evitando anualmente 1.250 toneladas de CO2, o equivalente às emissões de dióxido de carbono que seriam captadas por cerca de 57 mil árvores".

Como a FIL vai utilizar apenas parte da energia que será produzida a partir dos painéis instalados na sua cobertura, cedeu o resto do espaço para que a EDP instalasse painéis cujos benefícios poderão ser partilhados com famílias e empresas que se encontrem num raio de quatro quilómetros e com ligação à mesma subestação da rede elétrica.

"Os vizinhos que fizerem parte deste projeto terão um desconto de até 35% na componente de eletricidade que consomem mensalmente nas suas casas, lojas ou empresas, para além de passarem a contribuir para a transição energética do seu bairro", detalha a elétrica.

Questionada sobre as estimativas para a construção da central e do calendário para começar a fornecer energia aos vizinhos da FIL, Vera Pinto Pereira explicou que "uma central desta ordem de magnitude vai levar cerca de 9 a 12 meses" a construir.

Quanto ao tempo de licenciamento
,  para poder passar de uma situação simplesmente de autoconsumo para a injeção de energia na rede e partilha com os vizinhos, a responsável comentou que "é um processo que tem vindo a ser alvo de muito foco ao longo do último ano, ano e meio, e acho que finalmente se sente que está a ganhar tração", disse referindo-se ao tempo de aprovação por parte da DGEG. 

Tendo em conta esta evolução, está confiante que em 2026 vão conseguir estar a injetar energia na rede: "Nós ainda esta semana recebemos mais 120 comunidades licenciadas por parte da DGEG. Portanto, estou em querer que quando este projeto estiver construído e pronto a operar, que o processo de licenciamento será muito mais célebre do que aquilo que tem sido feito". 

 

"A promoção de bairros solares em Portugal tem sido uma das prioridades para a EDP porque representa na perfeição um dos nossos principais objetivos: acelerar a transição energética do país e da Europa envolvendo o maior número de famílias e empresas", referiu Vera Pinto Pereira, administradora da EDP e presidente da EDP Comercial.

Já Carlos Duarte Oliveira, vice-presidente da Fundação AIP, explicou que "para o Grupo, é fundamental reduzir a pegada de carbono, cumprir indicadores ESG e implementar práticas sustentáveis em todas as suas áreas de atividade, estando todos estes projetos alinhados com o acentuado crescimento de atividade do grupo que se prevê para os próximos anos, que estará sempre alinhado com ideais de sustentabilidade e a otimização do uso de energia".

Além dissso, aumenta o potencial de a FIL receber mais eventos." Este parque solar permitirá também a atração para Lisboa de mais eventos, congressos e feiras internacionais que exigem instalações que aderem aos critérios de sustentabilidade, nomeadamente através do consumo de energia renovável e consequente redução da pegada de carbono", apontou Carlos Duarte Oliveira.

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