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EDP Comercial diz que já eliminou das suas cartas expressões criticadas pela ERSE
A empresa diz que começou a enviar cartas de cessação de contrato aos seus clientes após muitos terem tido o seu contrato terminado, sem o seu conhecimento, fruto de "práticas comerciais agressivas" por parte de outras empresas.
"A ERSE notificou a EDP Comercial relativamente a duas expressões incluídas nas cartas, que foram imediatamente alteradas aquando da comunicação do regulador, já em novembro de 2017. As mudanças exigidas não alteram o conteúdo das cartas em causa", disse fonte oficial da EDP ao Negócios esta quarta-feira, 3 de Janeiro.
"As cartas em referência são enviadas aos clientes que cessam contrato com a EDP Comercial com o objetivo de os informar da cessação desse contrato. Sendo uma prática absolutamente comum no mercado liberalizado de energia ibérico, e no decorrer de diversas solicitações de cliente que cessaram o seu contrato com a EDP Comercial sem o próprio conhecimento (fruto de práticas comerciais mais agressivas no mercado), iniciámos o envio destas cartas em 2015", diz fonte oficial.
A medida cautelar da ERSE começa por estipular que a empresa terá de se identificar sempre como EDP Comercial, não usando a designação genérica de "EDP".
Depois, a eléctrica não poderá fazer "menção à ausência de custos de mudança para a EDP Comercial", como "voltar para a EDP é fácil e não tem custos". A ERSE considera que este tipo de expressões "induz e é entendível como uma vantagem da EDP Comercial, quanto tal corresponde a um direito dos consumidores na mudança para todo e qualquer comercializador".
Por último, a empresa também não pode mencionar que a "mudança para a EDP Comercial não implica a "interrupção do fornecimento de energia". Isto é, a ERSE não quer que a EDP suscite um "receio injustificado e infundado relativamente à continuidade de prestação de um serviço público essencial". Este tipo de expressão também poderá ser entendível como uma "vantagem inerente à EDP Comercial, quando tal corresponde a um direito dos consumidores".