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Duarte Cordeiro: "Vai ser difícil sustentar a CESE quando a dívida tarifária desaparecer"

A CESE é cobrada à EDP, à Galp e à REN - Redes Energéticas Nacionais.

O ministro do Ambiente garantiu que Portugal já reduziu o consumo de gás em 20% desde o início do ano.
António Pedro Santos/Lusa
10 de Novembro de 2022 às 23:11
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O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, admitiu hoje que vai ser difícil sustentar a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) quando a dívida tarifária do sistema elétrico nacional desaparecer.

"No nosso entender, vai ser difícil sustentar a CESE quando a dívida tarifária desaparecer", afirmou o governante aos deputados das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças, de Ambiente e Energia e de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, em audição sobre a apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

O ministro do Ambiente respondia a questões do deputado Artur Soveral Andrade (PSD) sobre a eventual eliminação da contribuição que foi criada em 2014, com um caráter excecional, para financiar políticas do setor energético e contribuir para a redução da dívida tarifária, mas foi renovada pelo décimo ano consecutivo no orçamento para o próximo ano.

A CESE é cobrada à EDP, à Galp e à REN - Redes Energéticas Nacionais.

Duarte Cordeiro lembrou ainda que no próximo ano a dívida tarifária do sistema elétrico vai reduzir-se em quase 50%.

De acordo com a proposta tarifária da eletricidade, apresentada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) em 17 de outubro, no próximo ano, o valor da dívida tarifária terá uma redução significativa "em 830 milhões de euros, para um valor, no final de 2023, de 878,9 milhões de euros".
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