Foi descoberta mais uma fuga nas tubagens da Nord Stream, a empresa russa que garante o abastecimento de gás à Europa, elevando assim para quatro o número de ocorrências. A situação aconteceu no Mar Báltico e foi tornada pública pelo centro de comando da guarda costeira da Suécia.

Apesar dos equipamentos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 não estarem em funcionamento, na sequência da invasão à Ucrânia, as tubagens encontrava-se cheias de gás. Com os incidentes agora reportados, a Dinamarca estima que os tubos fiquem vazios até domingo.

Entretanto a Alemanha considera que as fugas detetadas vão levar a que os gasodutos Nord Stream 1 e 2 sofram danos irreversíveis, ficando inutilizados para sempre. Segundo as avaliações em curso, os danos não podem ser reparados rapidamente e a água do mar vai infiltrar-se nas tubagens, o que provocará uma corrosão irreversível.

Alguns países desconfiam que as fugas fazem parte de ações de sabotagem por parte da Rússia, acusação que o Kremlin já veio publicamente considerar de "absurda". A Uniao Europeia advertiu entretanto que reagirá com uma "resposta forte e coesa" a qualquer "interrupção deliberada da infraestrutura energética europeia".

Por outro lado, os cientistas alertam que o vazamento de gás provocado pelas ocorrências pode desencadear um desastre ambiental. A Alemanha estima que as fugas tenham provocado a libertação de 300.000 toneladas métricas de metano, um dos gases com maior efeito estufa. O impacto climático é semalhante a 20 anos de emissões de cerca de 5,48 milhões de carros nos EUA.