O lucro da REN – Redes Energéticas Nacionais no primeiro trimestre deste ano caiu 9,6%, para 26,3 milhões de euros, um resultado que foi negativamente influenciado pela contribuição extraordinária para o sector energético que o Estado criou este ano, e que deverá continuar em 2015.

A contribuição deverá exigir da REN um pagamento de 24,5 milhões de euros este ano, tendo a empresa decidido reconhecer nos seus resultados, trimestralmente, o impacto dessa contribuição.

Numa base recorrente, o resultado líquido da REN no primeiro trimestre teria aumentado 11,4%, para 33,3 milhões de euros, informou ainda a empresa, cujo desempenho no início de 2014 acabou por beneficiar de uma melhoria do resultado financeiro.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou 0,7%, para 126,5 milhões de euros. Mas o resultado financeiro melhorou 14,2%, passando de 34,2 milhões de euros negativos para 29,3 milhões.

No final do primeiro trimestre a dívida líquida da REN desceu 4,3% para 2.367 milhões de euros, o que aconteceu em simultâneo com uma redução no custo médio da dívida, para 4,8%, algo que já era esperado pela empresa.

O presidente da REN, Emílio Rui Vilar, salientou, em comunicado, que os resultados do primeiro trimestre de 2014 "reflectem uma melhoria no custo médio da dívida, graças ao recente processo de refinanciamento".

“A privatização dos restantes 11% a efectuar no segundo trimestre vai ser um significativo contributo para melhorar a liquidez da nossa acção", referiu ainda Rui Vilar no mesmo comunicado.