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Combustíveis simples geraram poupanças de 168 milhões em sete meses
O regulador para o mercado de combustíveis fez um balanço da chegada dos combustíveis simples ao mercado, após terem chegado às bombas em Abril. A ENMC também explicou porque é que o preço dos combustíveis nas bombas não desce, apesar do barril do petróleo estar em queda.
A chegada dos combustíveis simples ao mercado gerou poupanças para os consumidores. Sete meses após chegarem às bombas, os portugueses já pouparam 168 milhões na factura com o uso destes combustíveis.
As contas foram apresentadas esta segunda-feira, 23 de Novembro, com a diferença média de preços entre combustíveis simples e aditivados a ser de 3 cêntimos, disse o director da Unidades de Produtos Petrolíferos da ENMC, Filipe Meirinho, na conferência o "Mercado de Combustíveis em Portugal".
"Mas se o preço do barril de petróleo está em queda, porque é que o preço na bomba não desce?". Esta é a pergunta que os consumidores mais colocam à ENMC. A queda do preço do barril no último ano, não tem encontrando correspondência nos postos de combustível, Filipe Meirinho sublinhou que a margem de refinação do petróleo é três vezes superior à registada no ano passado. Daí, os consumidores chegarem ao posto de combustível e o preço estar ao mesmo nível do ano passado, apesar do barril estar mais baixo. "Neste valor nenhum Estado pode mexer, o Estado português não pode mexer, obedece ao mercado internacional", disse Filipe Meirinho.
Na sua apresentação, o responsável da ENMC também destacou as diferenças logísticas entre Portugal, que conta 150 quilómetros de condutas, e Espanha que conta com 4.100 quilómetros de oleodutos e gasodutos. Esta diferença explica o "bloqueio logístico e sub desenvolvimento da rede de transportes" de combustíveis em Portugal, sublinhou.
Em Portugal, existe apenas um pipeline entre Sines e Aveiras de Cima, o que implica que a maioria da distribuição logística tenha que ser feita por "via terrestre". "É preciso expandir a rede de transportes de conduta para colocar fim ao bloqueio logístico", defendeu Filipe Meirinho