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Centenária Águas de Carvalhelhos inaugura central solar para autoconsumo em Boticas

Diz a empresa que esta é apenas a primeira etapa de uma meta mais ampla, que passa por atingir a "autonomia plena de energia elétrica, de uma forma faseada, nas duas unidades produtivas que a Águas de Carvalhelhos possui no concelho de Boticas (Vila Real)".

Bárbara Silva barbarasilva@negocios.pt 09 de Abril de 2024 às 11:45
Reza a História que no século XIX, na localidade de Carvalhelhos, concelho de Boticas (Trás-os-Montes), uma pastora descobriu uma nascente de águas com propriedades medicinais, tendo nelas lavado as chagas que tinha nas pernas. As notícias de que tais águas (bicarbonatadas sódicas) tinham curado a sua doença depressa se espalharam e as mesmas começaram então a ser aproveitadas para fins termais. Em 1915 foi atribuído o alvará de concessão de exploração à empresa das "Caldas Santas de Carvalhelhos". De novo, as águas medicinais voltaram a ganhar fama, desta vez pelas mãos de um fotógrafo do Porto, que se deslocou a Boticas para se curar e documentou em fotos a sua própria recuperação.

Mais de um século depois, as características medicinais da Água de Carvalhelhos mantêm-se inalteradas, mas a empresa que capta, engarrafa e vende esta água transmontana está agora preocupada em reduzir as suas emissões poluentes e, ao mesmo tempo, reduzir a fatura energética das suas operações.

Desta forma, a centenária Águas de Carvalhelhos acaba de inaugurar uma central solar para autoconsumo composta por 1.125 painéis fotovoltaicos, capazes de gerar  888.012 quilowatts/hora (kWh) por ano. Um investimento de 360 mil euros que permitirá uma poupança de 45% na fatura de eletricidade e uma redução de 165 toneladas por ano nas emissões de dióxido de carbono (CO2).
 
Diz a empresa que esta é apenas a primeira etapa de uma meta mais ampla, que passa por atingir a "autonomia plena de energia elétrica, de uma forma faseada, nas duas unidades produtivas que a Águas de Carvalhelhos possui no concelho de Boticas (Vila Real)".

"A transição energética e o desenvolvimento sustentável são temas sempre presentes na Carvalhelhos, mas a elevada fatura de eletricidade e a grande instabilidade do mercado energético pesaram sobremaneira nesta tomada de decisão, contribuindo fortemente para que o investimento fosse aprazado para esta altura", disse Fernando Macedo, diretor do Departamento de Manutenção, em comunicado.

Além do projeto de energia solar, a empresa de Boticas (que emprega 80 pessoas) iniciou, entretanto, em finais de março, um processo de eletrificação da frota automóvel, sendo que a substituição das atuais viaturas (a gasóleo e a gasolina) pelas novas, 100% elétricas, está a acontecer de forma faseada. Depois dos primeiros oito veículos elétricos a entrar em cena em março seguem-se outros cinco, em abril. Trata-se de um passo que permitirá "poupar" a atmosfera aos efeitos nocivos de 93,6 toneladas de CO2 ao ano. A mudança vai contemplar também os empilhadores (movidos a gás) e prolongar-se-á pelos meses seguintes, até à reconversão gradual de todo o parque automóvel empresarial.
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