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Capacidade instalada da EDP aumentou 9% no primeiro trimestre

As novas capacidades eólica e hídrica, bem como a consolidação integral da central brasileira de Pecém, contribuíram para o reforço da capacidade instalada da eléctrica nacional. A produção, no mesmo período, aumentou 27%.

Manso Neto, EDP Renováveis. Eleito segundo melhor CEO da Europa no sector das energias renováveis
Negócios 21 de Abril de 2016 às 21:24
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A capacidade instalada da EDP aumentou 9% nos três primeiros meses do ano (+2,1GW para 24,5GW), face ao período homólogo de 2015, em resultado de: mais 1,202MW de nova capacidade eólica (dos quais 613MW correspondentes à consolidação da ENEOP desde 1 de Setembro); consolidação integral da central a carvão de Pecém, no Brasil (+720MW); e nova capacidade hídrica em Portugal (+431MW), informou a empresa no seu relatório dos dados operacionais previsionais do primeiro trimestre de 2016, divulgado na CMVM.

 

Já a produção total cresceu 27% entre Janeiro e Março, sublinha a empresa liderada por António Mexia. Para este resultado contribuíram os "maiores recursos hídricos na Ibéria (em Portugal, volumes hídricos foram 45% acima da média contra -27% no primeiro trimestre de 2015), maior produção eólica resultante do aumento de capacidade e maiores factores de utilização, e maior produção térmica no Brasil após consolidação integral de Pecém".

 

A EDP refere ainda que a produção hídrica e eólica representou 74% da sua produção total no primeiro trimestre.

 

Relativamente à electricidade distribuída em Portugal, esta recuou 0,9% no período em análise, "reflectindo condições atmosféricas mais amenas do que o habitual".

 

Quanto ao gás distribuído na Península Ibérica, diminuiu 12% face aos três primeiros meses do ano passado, "reflectindo essencialmente a queda de 15% do gás distribuído em Espanha, fruto de um decréscimo dos volumes nos clientes residenciais em função de um primeiro trimestre de 2016 com temperaturas amenas versus um primeiro trimestre de 2015 com menores temperaturas", acrescenta o documento.

Já a electricidade distribuída pela EDP Brasil diminuiu 7,5% no primeiro trimestre de 2016 (Escelsa: -11%, Bandeirante: -4,7%), resultado da menor procura do sector industrial em mercado livre (-12%), mas também pela menor procura do sector agrícola, em ambos os casos devido às condições macroeconómicas difíceis e aos aumentos tarifários recentes, diz o relatório. Por seu turno, a produção de electricidade, estando a maioria da geração sujeita a CAE, subiu 68% no primeiro trimestre, beneficiando da consolidação integral da central a carvão de Pecém, desde Maio de 2015.

 

Quanto à EDP Renováveis, conforme foi divulgado esta quarta-feira, a produção eólica subiu 30% no primeiro trimestre devido a um maior factor de utilização (38% vs. 34% no primeiro trimestre do ano passado) e a uma maior capacidade instalada.

 

No que diz respeito à comercialização de electricidade e gás no mercado ibérico, a electricidade vendida pela EDP a clientes no mercado livre subiu 11% no primeiro trimestre deste ano, sobretudo devido a um aumento dos volumes em Espanha.

 

"A nossa carteira de comercialização em Portugal atingiu 3,8 milhões de clientes em Março de 2016 e os volumes fornecidos cresceram 4%, fruto de uma subida de 15% na base de clientes (+0,5 milhões), decorrente do processo de liberalização do mercado em curso. No negócio do gás, o volume comercializado recuou 17% devido a uma queda de 21% em Espanha, reflectindo a redução dos volumes no mercado grossista e o tempo ameno, que impactou o consumo dos clientes residenciais. Em Portugal, o gás comercializado ficou em linha com o primeiro trimestre de 2015, já que a expansão em 24% da carteira de clientes foi mitigada pelo efeito do tempo mais ameno", salienta a EDP. 

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