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Bruxelas vai transferir mais 18 mil milhões para a Ucrânia em 2023

Para operacionalizar a ajuda, a presidente da Comissão Europeia já pediu aos ministros das Finanaças dos 27 países europeus para criarem o mecanisno de apoio.

Julien warnand/Epa
21 de Outubro de 2022 às 15:07
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta sexta-feira no final do Conselho Europeu, em Bruxelas, que os 27 vão reforçar a ajuda financeira à Ucrânia em 2023, com um envelope total de 18 mil milhões de euros. 

De acordo com a responsável, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deu conta de necessidades de ajuda monetária externa dos aliados do país na ordem dos 3.000 a 4.000 milhões de euros por mês, que serão assegurados pela União Europeia (UE), pelos Estados Unidos e por outros países. 

No total, estamos a falar de 36 mil milhões em 12 meses. 

De acordo com Von der Leyen, a Bruxelas calhou metade desse valor, ou seja uma ajuda mensal de 1,5 mil milhões, o que perfaz 18 mil milhões no próximo ano, só a cargo do bloco comunitário. 

"É muito importante que a Ucrânia tenha um fluxo de rendimento estável e previsível", disse.
  
Para operacionalizar a ajuda, a presidente da Comissão Europeia já pediu aos ministros das Finanças dos 27 países europeus para criarem o mecanismo de apoio, a que se juntará ainda um pacote de ajuda humanitária de 175 milhões para o inverno, para restabelecer os sistemas de eletricidade, água e aquecimento da Ucrânia, na sequência dos ataques a infraestruturas civis por parte das tropas russas. 

A responsável máxima europeia anunciou ainda mais ajudas para a reconstrução da Ucrânia que sairão da próxima cimeira do G7, que será presidida pela Alemanha e pela UE. "Serão necessários investimentos massivos", disse Ursula von der Leyen, lembrando que a Ucrânia é candidata a país membro da UE e frisando que Bruxelas não tolerará que países terceiros (como a Turquia, por exemplo, entre outros) tentem ultrapassar as sanções impostas pela UE à Rússia. 

Bruxelas vai avaliar aumento do valor do mecanismo Repower EU

Quanto aos longos trabalhos do dia anterior, para que os países da UE chegassem a um consenso sobre a forma como podem baixar os preços da energia no continente, a presidente da Comissão Europeia reconheceu que há ainda "um longo caminho pela frente, mas pelo menos temos um 'roadmap' para a energia, que recolheu unanimidade".

E garantiu: "É um bouquet de medidas e instrumentos que temos ao nosso dispor. E já se vêm resultados nos preços de hoje". "Ainda assim, 120 euros por MWh ainda é muito alto", reconheceu. 

De entre as medidas debatidas, a responsável destacou o "corredor de preços" temporário que será implementado no índice holandês TTF, "para que a Rússia não possa manipular os preços e especular", e para que depois seja criado um novo índice europeu que reflita melhor os preços de gás dos 27.

Falou também de um mecanismo ao estilo do que já existe na Península Ibérica, para que o gás não tenha tanto impacto na formação de preços da eletricidade, dizendo que se trata apenas de uma "questão técnica que está a ser resolvida".

Von der Leyen destacou ainda a avaliação do aumento do valor disponível no mecanismo Repower EU, para o investimento em novas infraestruturas para a transição energética, mas também para que o dinheiro possa ser usado para ajudar famílias e empresas. 
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