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Através da IPBES, a ONU pretende enfrentar a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas, envolvendo directamente os governos nestes dossiês
06 de Junho de 2012 às 09:00
Protecção das Espécies | ONU declarou que 2011-2020, é a década da Biodiversidade.
Após vários anos de negociações internacionais, a estrutura final da Plataforma Intergovernamental para a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES) foi finalmente acordada em reunião que decorreu na Cidade do Panamá, no segundo trimestre deste ano.
A cidade de Bona, na Alemanha, que alberga o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), irá hospedar o secretariado desta nova instituição. "Hoje ganhou a biodiversidade", disse, durante a reunião, Sir Robert Watson, consultor chefe do Departamento de Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido.
"Mais de 90 países estabeleceram, com sucesso, o interface entre a ciência e a política. Os serviços dos ecossistemas e a biodiversidade são essenciais para o bem-estar humano e esta plataforma vai gerar o conhecimento necessário para nos proteger nestas e nas gerações seguintes", acrescentou.
Irina Bokova, directora geral da Unesco salientou, por seu turno, que a criação da IPBES, apenas umas semanas antes da conferência Rio+20, é um progresso significativo para a conservação da biodiversidade. E espera que esta instituição "permita que a biodiversidade seja agora mais levada em conta nas estratégias de desenvolvimento sustentável, tal como aconteceu com o Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) nos últimos 20 anos. Acrescentou, também, que a "IPBES irá providenciar uma ferramenta mais eficiente de coordenação entre os investigadores e os decisores, de forma a enfrentar este desafio".
A IPBES pretende enfrentar a aceleração da perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas, preenchendo o fosso existente entre os decisores políticos e os cientistas. O mundo está, assim, a percorrer o caminho para construir um futuro em harmonia com a Natureza.
O Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 (PEB) e os Objectivos de Aichi foram estabelecidos em 2010 no Japão, como base para parar e eventualmente reverter a perda de biodiversidade na Terra. Para isso, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o período entre 2011 e 2020 como a década da biodiversidade, de forma a apoiar a implementação do plano estratégico e promover uma visão global da vida em harmonia com a natureza.
Ao longo da Década das Nações Unidas para a Biodiversidade, os países são e continuarão a ser encorajados a desenvolver, promover e comunicar os resultados das estratégias nacionais de implementação do PEB.
Cada momento conta, até porque as acções individuais, das empresas e instituições e dos governos constituem passos importantes para a protecção dos sistemas de suporte da vida, que asseguram, não só o bem-estar humano, mas a riqueza da biodiversidade do nosso planeta.
O plano 2011-2020 contém cinco objectivos e 20 metas, que abordam desde a incorporação dos assuntos da biodiversidade na actividade dos governos e sociedade, até medidas para proteger os ecossistemas, espécies e a diversidade genética. São as chamadas Metas de Aichi. O seu propósito é inspirar uma acção alargada de apoio à biodiversidade de todos os países e pessoas na corrente década, para promover uma implementação efectiva e coerente dos três objectivos da Convenção para a Diversidade Biológica: conservação da biodiversidade, o seu aproveitamento sustentável e a partilha justa e equilibrada dos benefícios resultantes do uso dos recursos genéticos.
Funções principais da Plataforma Intergovernamental para a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas
• Identificar e tornar prioritária a informação científica chave necessária para os decisores políticos catalisarem esforços para gerar novo conhecimento.
• Realizar avaliações de conhecimento sobre os serviços dos ecossistemas e a biodiversidade e suas interligações periódicas e regulares.
• Apoiar a formulação de políticas e sua implementação através da identificação de ferramentas relevantes e metodologias.
• Definir as prioridades necessárias para melhorar os interfaces entre a política e a ciência e apelar e conseguir o financiamento, e outro tipo de apoios, para as suas actividades fundamentais.
As objectivos de Aichi
1º. Abordar as causas subjacentes à perda de biodiversidade através da sua integração nos governos e sociedades.
2º. Reduzir as pressões directas sobre a biodiversidade e promover o seu uso sustentável.
3º. Melhorar o estado da biodiversidade salvaguardando ecossistemas, espécies e diversidade genética.
4º. Alargar os benefícios dos serviços dos ecossistemas e da biodiversidade a todos.
5º. Aumentar a implementação através de planeamento participado, da gestão do conhecimento e da capacitação.
Após vários anos de negociações internacionais, a estrutura final da Plataforma Intergovernamental para a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES) foi finalmente acordada em reunião que decorreu na Cidade do Panamá, no segundo trimestre deste ano.
"Mais de 90 países estabeleceram, com sucesso, o interface entre a ciência e a política. Os serviços dos ecossistemas e a biodiversidade são essenciais para o bem-estar humano e esta plataforma vai gerar o conhecimento necessário para nos proteger nestas e nas gerações seguintes", acrescentou.
Irina Bokova, directora geral da Unesco salientou, por seu turno, que a criação da IPBES, apenas umas semanas antes da conferência Rio+20, é um progresso significativo para a conservação da biodiversidade. E espera que esta instituição "permita que a biodiversidade seja agora mais levada em conta nas estratégias de desenvolvimento sustentável, tal como aconteceu com o Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) nos últimos 20 anos. Acrescentou, também, que a "IPBES irá providenciar uma ferramenta mais eficiente de coordenação entre os investigadores e os decisores, de forma a enfrentar este desafio".
A IPBES pretende enfrentar a aceleração da perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas, preenchendo o fosso existente entre os decisores políticos e os cientistas. O mundo está, assim, a percorrer o caminho para construir um futuro em harmonia com a Natureza.
O Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 (PEB) e os Objectivos de Aichi foram estabelecidos em 2010 no Japão, como base para parar e eventualmente reverter a perda de biodiversidade na Terra. Para isso, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o período entre 2011 e 2020 como a década da biodiversidade, de forma a apoiar a implementação do plano estratégico e promover uma visão global da vida em harmonia com a natureza.
Ao longo da Década das Nações Unidas para a Biodiversidade, os países são e continuarão a ser encorajados a desenvolver, promover e comunicar os resultados das estratégias nacionais de implementação do PEB.
Cada momento conta, até porque as acções individuais, das empresas e instituições e dos governos constituem passos importantes para a protecção dos sistemas de suporte da vida, que asseguram, não só o bem-estar humano, mas a riqueza da biodiversidade do nosso planeta.
O plano 2011-2020 contém cinco objectivos e 20 metas, que abordam desde a incorporação dos assuntos da biodiversidade na actividade dos governos e sociedade, até medidas para proteger os ecossistemas, espécies e a diversidade genética. São as chamadas Metas de Aichi. O seu propósito é inspirar uma acção alargada de apoio à biodiversidade de todos os países e pessoas na corrente década, para promover uma implementação efectiva e coerente dos três objectivos da Convenção para a Diversidade Biológica: conservação da biodiversidade, o seu aproveitamento sustentável e a partilha justa e equilibrada dos benefícios resultantes do uso dos recursos genéticos.
Funções principais da Plataforma Intergovernamental para a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas
• Identificar e tornar prioritária a informação científica chave necessária para os decisores políticos catalisarem esforços para gerar novo conhecimento.
• Realizar avaliações de conhecimento sobre os serviços dos ecossistemas e a biodiversidade e suas interligações periódicas e regulares.
• Apoiar a formulação de políticas e sua implementação através da identificação de ferramentas relevantes e metodologias.
• Definir as prioridades necessárias para melhorar os interfaces entre a política e a ciência e apelar e conseguir o financiamento, e outro tipo de apoios, para as suas actividades fundamentais.
As objectivos de Aichi
1º. Abordar as causas subjacentes à perda de biodiversidade através da sua integração nos governos e sociedades.
2º. Reduzir as pressões directas sobre a biodiversidade e promover o seu uso sustentável.
3º. Melhorar o estado da biodiversidade salvaguardando ecossistemas, espécies e diversidade genética.
4º. Alargar os benefícios dos serviços dos ecossistemas e da biodiversidade a todos.
5º. Aumentar a implementação através de planeamento participado, da gestão do conhecimento e da capacitação.