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Arábia Saudita: preço da gasolina pode disparar 80% se subsídios forem cortados
O reino saudita estará a ponderar cortar os subsídios aplicados à gasolina e aos combustíveis para os aviões já em Novembro. Os preços podem ficar ao nível do que é praticado nos mercados internacionais, o que se pode traduzir num aumento na casa dos 80%.
Os preços da gasolina podem disparar já em Novembro na Arábia Saudita se as autoridades decidirem cortar os subsídios aplicados a este produto. Essa possibilidade estará em cima da mesa das autoridades do reino.
A Arábia Saudita é o maior produtor mundial de petróleo. A queda acentuada dos preços do petróleo, registada em 2014 - tendo o barril de crude abandonado a fasquia dos 100 dólares para nunca mais, pelo menos até agora, voltar – estará a pressionar o orçamento saudita, fortemente dependente das receitas da matéria-prima.
Numa tentativa de travar a despesa pública, as autoridades locais estão a ponderar cortar os subsídios aplicados à gasolina e aos combustíveis destinados a aviões. Esta alteração, de acordo com fontes da Bloomberg, pode ocorrer já em Novembro e, a concretizar-se, pode traduzir-se numa forte subida dos preços da gasolina.
O objectivo do governo da Arábia Saudita é impulsionar os preços da gasolina para que atinjam a paridade de preços com os mercados internacionais, refere uma fonte da agência de notícias. Tal situação pode representar, face aos níveis actuais, uma subida de cerca de 80% no preço da gasolina de 91 octanas, para cerca de 0,36 dólares por litro, segundo fonte da Bloomberg.
As autoridades deverão só proceder a aumento dos restantes combustíveis no próximo ano.
A decisão final em torno desta questão ainda não foi tomada. As autoridades devem concluir a questão este mês ou no próximo.
A reforma dos subsídios aplicados à energia integra-se no plano do reino saudita para promover mudanças na economia. Ríade está também a levar a cabo a venda de participações em empresas estatais, como é o caso da petrolífera Saudi Aramco. A petrolífera deverá ser listada na bolsa de Nova Iorque, algo que poderá acontecer no próximo ano.
Por esta altura, os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate sobe 0,54% para 50,16 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, sobe 0,34% para 55,81 dólares por barril.