Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

António Mexia é ouvido no Parlamento no dia 26

Dois altos cargos da EDP, António Mexia, o CEO, e Luís Amado, presidente do Conselho Geral e de Supervisão, serão ouvidos na próxima semana no Parlamento, para esclarecer os deputados acerca da posição da empresa - a qual afirma não existirem rendas excessivas a serem atribuídas pelo Estado aos produtores da eletricidade.

Mafalda Santos
21 de Fevereiro de 2019 às 13:57
  • ...

A audição do CEO da EDP, António Mexia, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade já tem data e hora confirmadas: vai realizar-se na próxima terça-feira, dia 26 de fevereiro, pelas 14h30. Um dia depois é a vez do atual presidente do Conselho Geral e de Supervisão da elétrica, Luís Amado, responder aos deputados.

Esta comissão tem convocado vários atores do setor da energia, tanto da parte das empresas como do Governo e dos reguladores, com o objetivo de perceber se os produtores de eletricidade estão a ser remunerados em excesso pelo Estado ou se beneficiaram de contrapartidas indevidas nas negociações que marcaram a transição para o mercado liberalizado.

No caso da EDP, o enfoque está nos Contratos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). O regulador da energia, a ERSE, concluiu em 2017 que a passagem das centrais da EDP para o regime dos CMEC, aprovado em 2004, gerou um acréscimo de custos de 510 milhões de euros aos preços da eletricidade entre 2007 e 2017, prejudicando os consumidores. Já a elétrica defende que ficou, pelo contrário, prejudicada, em 240 milhões de euros.

António Mexia virá, desta forma, esclarecer a posição da empresa que lidera desde 2006, tendo sido reeleito para um novo e quinto mandato em 2018, com o qual assegura o cargo de CEO até 2020. Apresenta-se ainda na qualidade de arguido do caso EDP, no âmbito do qual é acusado pela Procuradoria Geral da República de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio – suspeitas que surgiram, precisamente, no seio da negociação dos CMEC.

Antes de António Mexia, já outros altos cargos da elétrica foram ouvidos perante a mesma comissão parlamentar de inquérito, como João Manso Neto, CEO da subsidiária EDP Renováveis e também, arguido do caso EDP, e o antigo presidente do Conselho Geral de Supervisão (CGS) da elétrica, Eduardo Catroga. Este último, na respetiva audição, garantiu que se terá limitado a expor os seus pontos de vista relativamente aos Contratos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), sem dialogar com qualquer Governo. Apenas o conselho executivo, liderado por Mexia desde então, terá interagido com os poderes políticos. "Quem fazia essas negociações era o conselho executivo, nunca o conselho geral de supervisão", declarou.

Luís Amado, o atual presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, que substituiu Catroga no cargo no passado mês de maio, é ouvido na quarta-feira, 27 de fevereiro, pelas 17 horas.

Ver comentários
Saber mais CEO António Mexia Luís Amado Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas Presidente do Conselho Geral e de Supervisão EDP Renováveis Produtores de Eletricidade Governo Estado Contratos de Manutenção do Equilíbrio Contratual CMEC ERSE CGS Procuradoria Geral da República João Manso Neto presidente do Conselho Geral de Supervisão economia negócios e finanças economia negócios e finanças energia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio