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Acordo entre PSOE e Sumar pode comprometer investimento da Repsol em Espanha

A energética alerta que "a falta de estabilidade regulatória e fiscal do país pode condicionar" os futuros projetos em Espanha. Até setembro, o investimento da empresa cresceu 82% para 4.362 milhões.

Reuters
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O acordo entre o PSOE e Sumar pode comprometer o investimento da Repsol em Espanha, passando a alocar este dinheiro noutro país, avisa a energética, citada pelo diário económico espanhol El Economista.

A empresa refere que a possibilidade de se manter o imposto extraordinário e temporário sobre as companhias energéticas "castiga as empresas que como a Repsol investem em ativos industriais, geram emprego e garantem a independência energética do país".

Por outro lado, a empresa credita que o Estado favorece "os importadores que não geram emprego em atividade económica relevante em Espanha".

Assim, "a falta de estabilidade regulatória e fiscal do país pode condicionar os projetos futuros industriais da petrolífera em Espanha".

A Repsol lucrou 2.785 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 13,5% em termos homólogos. Durante este período, o investimento foi de 4.362 milhões, uma subida homóloga de 82%, sobretudo em Espanha e EUA.

Por outro lado, as contribuições fiscais alcançaram os 10.890 milhões de euros.

Depois das reuniões desta segunda-feira em Moncloa, o Sumar e o PSOE anunciaram na manhã desta terça-feira um acordo de governo.

Com o apoio do Sumar, os socialistas contam com 153 votos favoráveis no Congresso, ficando ainda a faltar mais 23 apoios para os 176 votos que constituem a maioria absoluta obrigatória para ser investido. Sánchez tem até 27 de novembro para tentar desatar um nó que envolve catalães, bascos e galegos e as suas exigências para conseguir um acordo que já foi alcançado na eleição para a presidência da mesa do Congresso, onde venceu a socialista Francina Armengol. Sem acordo no Parlamento, o impasse político vai continuar e o país caminhará para uma nova ida às urnas.

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