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Abandono do furo petrolífero em Aljezur é "boa notícia" para o Algarve, dizem autarcas

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, considerou hoje "uma boa notícia" para o Algarve o anúncio do abandono do projecto de prospecção de petróleo ao largo de Aljezur.

Lusa 29 de Outubro de 2018 às 13:04

"É uma boa notícia para o Algarve. É bom para a sustentabilidade da região e para a competitividade do sector turístico", referiu Jorge Botelho em declarações à Lusa, sublinhando que o anúncio da Galp e Eni "cumpre o que era uma pretensão das autarquias".

 

A Galp e a Eni anunciaram hoje que decidiram abandonar o projecto de prospecção de petróleo ao largo de Aljezur, no Algarve, numa área denominada por Bacia do Alentejo, já que "as condições existentes tornaram objectivamente impossível" prosseguir as actividades de exploração.

 

De acordo com Jorge Botelho, o facto de o processo ter sido objecto de "algum escrutínio público e jurídico", através de acções de carácter cívico e de providências cautelares pode ter contribuído para a decisão do consórcio, hoje conhecida.

 

"A posição dos autarcas, empresários, associações e as acções em tribunal não terão sido alheias a este processo", considerou o também presidente da Câmara de Tavira (PS).

 

Em Agosto, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé tinha deferido a providência cautelar interposta pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) para travar o furo de prospecção de petróleo, que estava previsto ter-se iniciado em Setembro passado, em Aljezur.

 

O consórcio liderado pela petrolífera italiana ENI previa iniciar a pesquisa de petróleo na bacia do Alentejo entre Setembro e Outubro, após uma preparação com uma duração estimada de três meses, segundo um relatório enviado à Agência Portuguesa do Ambiente.

 

Em nota divulgada hoje, a Galp e a Eni lamentam "a impossibilidade de avaliar o potencial de recursos" no mar português, mas admitem que as condições existentes "tornaram objectivamente impossível prosseguir as actividades de exploração".

 

As duas empresas escusam-se a fazer "comentários adicionais" dada "a existência de diversos processos judiciais em curso".

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