Notícia
Carlos Zorrinho: "Consumidores portugueses não podem pagar a totalidade das interconexões energéticas"
O eurodeputado defende que os consumidores portugueses não podem arcar com o financiamento integral das auto-estradas de energia e defende um lançamento de um plano de investimentos a nível europeu.
As interligações energéticas são um tema recorrente na política em Portugal. Mas um dos problemas é o financiamento dos projectos que, regra geral, implicam elevados investimentos. O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho defende o lançamento de um plano de investimentos a nível europeu para financiar as auto-estradas de electricidade e gás natural entre Portugal e Espanha, e entre a Península Ibérica e França.
"Tem que haver, do meu ponto de vista, um plano Juncker para as interconexões: um financiamento bonificado para as interconexões. Porquê? Se queremos ser uma plataforma de passagem entre o Norte de África e o resto da Europa, não faz sentido serem os consumidores portugueses a pagarem a totalidade do investimento, devem pagar a parte que é para seu benefício directo, ainda assim um investimento bonificado, financiado, subsidiado, em função de cada analise concreta", disse o eurodeputado esta segunda-feira, 6 de Novembro, num encontro com jornalistas no Parlamento Europeu em Bruxelas.
Carlos Zorrinho defende que o novo pacote de energia europeu deve conter metas vinculativas para as interligações energéticas: "Há uma linha vermelha: quero garantir que os 10% de interconexões estão lá até 2020 e os 15% até 2030. Com Espanha estamos a resolver a situação, mas com França é mais difícil", disse, referindo-se à histórica relutância francesa em investir em interligações com Espanha.
O eurodeputado também defende que Portugal só se deve comprometer com certos objectivos, caso sejam cumpridas certas exigências. "Também considero que Portugal deve indexar os seus compromissos à realização do plano de interconexões, ou seja, quando nós vamos assumir que queremos uma meta de 35% de energia renovável nós devemos indexar esses compromissos ao compromisso das interconexões. Se isso acontecer, penso que temos boas condições para que Portugal e Espanha beneficiem muito deste plano", afirmou, em referência ao pacote de energia que está actualmente a ser discutido no Parlamento Europeu.
Questionado sobre qual a posição do Governo português, Carlos Zorrinho sublinhou não ser "porta-voz" do Executivo de António Costa, mas que Lisboa tem mostrado uma "preferência pelas metas vinculativas nas renováveis", mas que "deverá querer negocia-las mediante o financiamento das interligações".
O eurodeputado socialista considera que a posição do Governo "mostra bom senso", pois Lisboa quer "metas vinculativas nas renováveis mas com algumas condições".
* O jornalista viajou a convite do Parlamento Europeu
"Tem que haver, do meu ponto de vista, um plano Juncker para as interconexões: um financiamento bonificado para as interconexões. Porquê? Se queremos ser uma plataforma de passagem entre o Norte de África e o resto da Europa, não faz sentido serem os consumidores portugueses a pagarem a totalidade do investimento, devem pagar a parte que é para seu benefício directo, ainda assim um investimento bonificado, financiado, subsidiado, em função de cada analise concreta", disse o eurodeputado esta segunda-feira, 6 de Novembro, num encontro com jornalistas no Parlamento Europeu em Bruxelas.
O eurodeputado também defende que Portugal só se deve comprometer com certos objectivos, caso sejam cumpridas certas exigências. "Também considero que Portugal deve indexar os seus compromissos à realização do plano de interconexões, ou seja, quando nós vamos assumir que queremos uma meta de 35% de energia renovável nós devemos indexar esses compromissos ao compromisso das interconexões. Se isso acontecer, penso que temos boas condições para que Portugal e Espanha beneficiem muito deste plano", afirmou, em referência ao pacote de energia que está actualmente a ser discutido no Parlamento Europeu.
Questionado sobre qual a posição do Governo português, Carlos Zorrinho sublinhou não ser "porta-voz" do Executivo de António Costa, mas que Lisboa tem mostrado uma "preferência pelas metas vinculativas nas renováveis", mas que "deverá querer negocia-las mediante o financiamento das interligações".
O eurodeputado socialista considera que a posição do Governo "mostra bom senso", pois Lisboa quer "metas vinculativas nas renováveis mas com algumas condições".
* O jornalista viajou a convite do Parlamento Europeu