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Zonas costeiras em risco custam 45 milhões

Entre 2000 e 2006 foram gastos 45 milhões de euros para conter o avanço do mar no litoral português. O reforço de arribas e cordões dunares e reparação de esporões são as situações mais comuns em que o Instituto da Água (Inag) teve de actuar.

21 de Fevereiro de 2007 às 12:19
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Entre 2000 e 2006 foram gastos 45 milhões de euros para conter o avanço do mar no litoral português. O reforço de arribas e cordões dunares e reparação de esporões são as situações mais comuns em que o Instituto da Água (Inag) teve de actuar.

Espinho, Esmoriz, Óbidos, e litoral algarvio, como Albufeira e Quarteira, estão entre os troços da costa que obrigaram a maiores intervenções, noticia o jornal "Água e Ambiente".

Só na última intervenção na Costa da Caparica, onde actualmente decorrem trabalhos de reforço do cordão dunar, foram gastos oito milhões de euros para reparar os esporões de defesa costeira mas a intervenção está a revelar-se insuficiente para conter as marés. Já em 2003 as mesmas praias da Caparica tinham sido alvo de intervenções de emergência.

"Algumas das obras realizadas na costa portuguesa implicaram avultados investimentos, como é o caso da Ponta da Aguda, da Lagoa de Óbidos e da construção de esporões na zona Centro", explica João Costa, director de Projectos e Obras do Inag, adiantando que mais de uma centena de obras de defesa costeira já foi realizada desde 1995.

Por outro lado, o reordenamento previsto nos Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), que inclui a demolição de habitações junto à costa, também prevê a maior fatia do investimento para intervenções que evitem prejudicar as populações. Até agora, a maior parte das verbas já executadas nos POOC destinou-se a intervenções de emergência em zonas de risco.

Estabilizar as arribas nas zonas de maior risco é precisamente a intervenção mais urgente em 2007, estabelecida pelo Ministério do Ambiente aquando do lançamento da Estratégia para o Litoral, a implementar entre 2007 e 2013. Para o próximo ano estão garantidos 35,5 milhões de euros para intervenções de emergência e requalificação.

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