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Yahoo vende metade da participação na chinesa Alibaba e acalma accionistas

A empresa chinesa de comércio electrónico Alibaba recomprou metade da posição detida pela Yahoo, numa operação de 7,1 mil milhões de dólares. Poderá ser a preparação para uma estreia da "holding" em bolsa. Para a Yahoo, é o primeiro passo dado pelo CEO interino numa altura de dificuldades para a norte-americana.

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A chinesa Alibaba recomprou metade da posição que era, até aqui, detida pela norte-americana Yahoo. Um negócio que se cifrou em 7,1 mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros), anunciaram as empresas num comunicado conjunto.

A Yahoo tinha uma participação de 40% no capital da “holding” de comércio electrónico, que comprou em 2005, vendendo-lhe agora perto de 20% por 6,3 mil milhões de dólares em dinheiro e 800 milhões de dólares em acções da Alibaba. A operação era para ter já acontecido em 2010.

Este é, como salienta a Associated Press, um passo na tentativa da Yahoo de reformar a sua actividade, tentando, também, acalmar os accionistas. A empresa anunciou, aliás, que vai utilizar a quase totalidade do dinheiro recebido para distribuir pelos accionistas.

Será uma forma de compensar a perda de valor que a cotada tem verificado, como refere a Bloomberg: quando comprou a posição de 40% na Alibaba, a empresa tinha uma capitalização bolsista de 49,2 mil milhões de dólares (38,5 mil milhões de euros). No fecho de sexta-feira, a Yahoo valia, no mercado, 18,8 mil milhões de dólares (14,7 mil milhões de euros), resultado de uma concorrência mais apertada, devido à ascensão de empresas como o Google e o Facebook.

Além disso, a empresa encontra-se agora num processo de transição, depois da demissão do CEO Scott Thompson, por ter falseado o seu currículo, e da sua substitução por Ross Levinsohn.

“A venda satisfaz os accionistas, pode dar um impulso muito necessário à moral dos funcionários e dá início ao mandato de Ross Levinsohn com uma vitória”, comentou à Bloomberg o analista Clayton Moran.

Do lado da chinesa Alibaba, a operação, que a avalia em 35 mil milhões de dólares, poderá ser o caminho para o lançamento da “holding” em bolsa, depois de estar já cotada a sua participada Alibaba.com, como salientam a Bloomberg e o "Financial Times".

O grupo chinês de comércio online considera, através do CEO Jack Ma, que o negócio permite que a Alibaba leve o seu negócio “para o próximo nível”.
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