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Volkswagen ameaça trabalhadores com 30.000 despedimentos

A Volkswagen, o maior fabricante automóvel da Europa, poderá cortar 30.000 postos de trabalho, o equivalente a quase um quinto da sua força laboral na Alemanha, caso os trabalhadores não aceitem um congelamento de salários, noticiou hoje a Bloomberg.

09 de Setembro de 2004 às 10:33
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O grupo Volkswagen, o maior fabricante automóvel da Europa, poderá cortar 30.000 postos de trabalho, o equivalente a quase um quinto da sua força laboral na Alemanha, caso os representantes dos trabalhadores não aceitem um congelamento de salários e outras concessões nas conversações que se iniciam na próxima semana, noticiou hoje a Bloomberg.

De acordo com o porta-voz da companhia, Stefan Ohletz, o número de despedimentos previsto é baseado num «modelo matemático» derivado do plano da Volkswagen para reduzir custos em 30% na Alemanha nos próximos sete anos.

A administração do grupo defende que pretende preservar os 176.544 postos de trabalho alemães, tendo para isso que reduzir custos em 30% até 2011. Para tal, a direcção da fabricante automóvel pretende que os representantes dos trabalhadores – com quem iniciará as conversações no próximo dia 15 de Setembro – concordem com um congelamento salarial durante os próximos, e desistam das reivindicações de um aumento de 4% ao ano.

Os custos da Volkswagen em salários e benefícios aos trabalhadores em fábricas localizadas na Argentina e na República Checa chega a atingir um valor 80% inferior ao praticado nas unidades do grupo situadas na Alemanha ocidental, afirmou no passado mês, Peter Hartz, o director de pessoal da companhia. Numa fábrica da Volkswagen na Alemanha oriental, em Mosel, os custos laborais podem ser 20% inferiores aos praticados na antiga República Federal da Alemanha (RFA).

As acções da Volkswagen seguiam inalteradas nos 32,05 euros.

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