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Vice-presidente da Mota-Engil em Miami morre em acidente

Carlos Penelas, vice-presidente da MK Contractors, a participada da Mota-Engil nos Estados Unidos, morreu na sequência de um acidente de mota, confirmou o Negócios junto do grupo. Há menos de dois meses, um administrador da empresa na Polónia foi assassinado por motivos passionais.

18 de Abril de 2012 às 20:39
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A motorizada em que seguia o gestor português, de 45 anos, foi abalroada por um automóvel num cruzamento em Miami, nos Estados Unidos. A vítima, natural de Vila Real, foi ainda transportada de helicóptero para o Kendall Regional Hospital, onde mais tarde acabaria por falecer. Fonte oficial da construtora confirmou ao Negócios a morte deste quadro expatriado.

O acidente ocorreu a 7 de Abril e foi então noticiado pelas televisões e jornais locais (ver aqui, aqui e aqui), que identificaram a vítima, sem detalhar a nacionalidade ou profissão. Citando a polícia de Miami, descrevem que os ocupantes do automóvel acabaram por fugir quando alguns polícias à paisana chegaram ao local. O perímetro montado pelas autoridades permitiu a detenção naquele dia de três dos ocupantes, dois deles adolescentes. Um quarto elemento conseguiu escapar.

Carlos Manuel Viela Penelas licenciou-se em Economia pela Universidade do Porto entre 1986 e 1991. Era o director financeiro e vice-presidente do conselho de administração da MK Contractors, a participada da Mota-Engil Engenharia nos Estados Unidos.

A empresa, criada em Janeiro de 2002, actua no domínio da construção civil, em particular no segmento de habitação, na região de Miami (Florida). É presidida por Rene Diaz de Villegas e tem como vogal o também português Pedro Rodrigues Martins da Costa. Segundo a informação disponibilizada na página da Internet, é uma das maiores construtoras no Sul da Florida, tendo na última década fechado contratos que superam os 390 milhões de dólares.

"Provavelmente o maior empregador de portugueses no estrangeiro"

Este é o segundo acidente a vitimar gestores da Mota-Engil no estrangeiro em menos de dois meses. A 29 de Fevereiro, num contexto igualmente trágico, mas premeditado – os media locais invocaram motivos passionais –, o administrador da Mota-Engil Central Europe, Pedro Fernandes, foi morto a tiro em Cracóvia, na Polónia.

Ontem, no final da assembleia-geral da Mota-Engil, no Porto, o presidente do conselho de administração, António Mota, disse aos jornalistas que "provavelmente" a construtora com sede social em Amarante é "o maior empregador de portugueses no estrangeiro", contabilizando esse número em quase mil trabalhadores.

Exposta a um sector, o da construção, que está em queda em território nacional, a Mota-Engil aposta nos mercados internacionais para crescer e garantir o crescimento que não consegue em Portugal. Tem sido essa, aliás, a razão principal pela qual a empresa está a "deslocalizar" trabalhadores para os projectos que detém em dezenas de países.

António Mota disse ainda que "a tendência em 2012 será para que [a empresa] fique mais internacional e menos nacional". No processo de internacionalização, enumerou, a aposta na Europa Central está centrada na Polónia; em África em Angola, Moçambique, Malawi e outros mercados que "serão oportunamente divulgados". Na América Latina, a atenção está virada para o México, Peru, Brasil e espera “concluir este ano a entrada na Colômbia".
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