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Vendas suportam resultados da Lafarge

A maior cimenteira do mundo apresentou resultados que surpreenderam os analistas pela positiva. O plano de redução de custos amparou a quebra do resultado operacional, enquanto a cotada concentra esforços na redução da dívida.

Vendas suportam resultados da Lafarge
04 de Novembro de 2011 às 11:11
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Os lucros da cimenteira declinaram 10% face ao período homólogo para 336 milhões de euros e o resultado operacional caiu 9% para 750 milhões de euros, segundo o comunicado publicado pela cimenteira com sede em Paris. Os analistas apontavam para um resultado operacional de 721 milhões de euros.

“Antecipamos 2012 com cautela porque não esperamos uma recuperação significativa dos mercados desenvolvidos”, disse o CEO da cimenteira, Bruno Lafont, numa conferência de resultados com jornalistas, citado pela Bloomberg. “Ainda esperamos crescimento nos mercados emergentes”, acrescentou.

A empresa tem motivos para estar cautelosa, segundo salientaram os economistas da Standard & Poor’s e da Moody’s que acreditam que a cimenteira terá dificuldade em restaurar a rendibilidade das suas operações durante a crise actual. As duas agências de “rating” cortaram a qualidade de crédito da dívida da empresa para um nível considerado especulativo (“junk” ou “lixo”) e citaram o aumento dos custos de matérias-primas, instabilidade política no Médio Oriente e a quebra do mercado de construção em países como EUA, Espanha e Grécia.

Neste trimestre, as receitas progrediram 1% para 4,21 mil milhões de euros e ficaram em linha com as expectativas dos analistas que apontavam para um resultado de 4,25 mil milhões de euros. Quando ajustadas ao efeito cambial, as receitas progrediram 6%.

Em reposta às contrariedades que atingem a indústria cimenteira, a Lafarge está a implementar um vigoroso plano de redução de dívida de dois mil milhões de euros, recorrendo à venda de activos, limitando as despesas de investimento e cortando a distribuição de dividendos em 50%.

Este ano, a Lafarge já vendeu activos no valor de dois mil milhões de euros e o CEO anunciou uma redução da despesa de 500 milhões de euros, cujos benefícios deverão chegar no próximo ano, disse Bruno Lafont citado pela Bloomberg. Em 2012, a cotada vai limitar as despesas de investimento a mil milhões de euros e continuar com o plano de alienação de activos, explicou Lafont.

Os investidores também terão ficado agradados com os resultados da cimenteira, já que as acções da Lafarge progridem 5,44% para 31,025 euros em Paris.
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