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Venda do negócio de pellets rende 16,6 milhões à Navigator
A The Navigator Company, ex-Portucel, anunciou que a venda do seu negócio de pellets nos Estados Unidos poderá render 16,6 milhões de euros.
No passado dia 29 de Dezembro, a Navigator anunciou ter celebrado um contrato de compra e venda do seu negócio de granulados de madeira (pellets), nos Estados Unidos, com uma joint-venture gerida e explorada por uma entidade associada da norte-americana Enviva Holdings.
Esta segunda-feira, 8 de Janeiro, a empresa produtora de pasta e papel avançou, em comunicado à CMVM, que o valor global da transacção é de 112,19 milhões de euros e que representa um ganho estimado de 16,6 milhões de euros (antes de impostos) face ao valor em livro dos activos alienados.
"Em complemento à informação publicada pela Navigator no dia 29 de Dezembro de 2017, relativa à celebração de um contrato de compra e venda do seu negócio de pellets com uma joint-venture gerida e explorada por uma entidade associada da Enviva Holdings, LP, informa-se que o valor global da transacção é de 135 milhões de dólares (112,19 milhões de euros), um montante que pode vir a sofrer ajustamentos usuais neste tipo de operações, e que representa um ganho estimado de cerca de 20 milhões de dólares [16,6 milhões de euros] antes de impostos, face ao valor em livro dos activos alienados", sublinha o documento.
Numa nota de análise publicada no passado dia 2 de Janeiro, os analistas do BPI avançaram a possibilidade de a Navigator poder distribuir um dividendo extraordinário pelos seus accionistas com o dinheiro que vai encaixar com esta venda do negócio de granulados de madeira nos EUA.
Nessa altura, o valor do negócio não tinha ainda sido divulgado, mas os analistas do BPI consideravam que o preço não teria sido baixo, já que a Navigator "não tem constrangimentos financeiros" e não estava, por isso, pressionada a vender activos.
Além desta venda, a Navigator decidiu ainda moderar o ritmo de investimento em Moçambique – previsto totalizar 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,5 mil milhões de euros) – e desenvolver o seu projecto florestal de forma faseada por aguardar a "resolução das diversas questões pendentes".
O grupo recua, assim, em dois dos três eixos estratégicos que definiu para o seu crescimento. Mantém-se a aposta no papel "tissue" (utilizado em produtos como lenços de papel, guardanapos e papel higiénico), segmento em que a Navigator entrou em 2015 com a compra da fábrica da AMS em Vila Velha de Ródão, avançando com uma nova linha de produção.
A Navigator encerrou a sessão desta segunda-feira a somar 1,12% para 4,522 euros, tendo na negociação intradiária tocado nos 4,548 euros, o valor mais elevado desde Maio de 2015.
(notícia actualizada às 21:38)