A Varig apresentou um "Plano B" para sair da crise financeira: realizar uma cisão da operação doméstica, enxuta, em leilão, no inicio de Junho, da operação internacional que, assumiria os passivos operacionais, anunciou à Justiça norte-americana.

A companhia aérea brasileira foi aconselhada pela consultora Alvarez&Marsal a dividir a empresa em duas para seguir com as actividades, caso não consiga um comprador para toda a Varig ou caso as ofertas apresentadas não sejam aprovadas (VarigLog e dos investidores europeus de 1,9 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros)).

O plano alternativo consiste na criação de uma Varig só com as operações domésticas cujo controlo seria vendido entre 500 a 600 milhões de dólares (396 a 475 milhões de euros ), num leilão na Bolsa brasileira, no inicio de Junho.

Quem comprar esta nova Varig teria acesso a um empréstimo bancário no valor de 100 milhões de dólares para viabilizar a reestruturação e sanar as dívidas da operação doméstica. A "velha Varig" ficaria com uma posição minoritária nesta "nova Varig", que reteria parte dos aviões e funcionários, além da marca Varig e o programa de fidelidade Smiles.

A operação internacional e as dívidas operacionais ficariam na "velha Varig" que, herdaria o plano de recuperação, aprovado em tribunal que, consiste na transferência do controlo da empresa para Fundos de Investimento e Participações, que serão alienados em Bolsa a potenciais interessados.

Segundo a imprensa brasileira, o "Plano B" já tem três a quatro interessados que, organizam consórcios para participar no leilão. Citando fontes do sector, os jornais brasileiros dizem que o Texas Pacific Group, que participou da reestruturação da companhia aérea americana Continental Airlines, seria um dos interessados. Esta alternativa será votada, hoje, em assembleia extraordinária.