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Varig leiloada em Julho acima de 674 milhões de euros
A Varig será oferecida aos interessados durante um leilão pelo preço mínimo de 860 milhões de dólares (674 milhões de euros), num prazo de 60 dias, divulgou hoje a companhia aérea brasileira.
A Varig será oferecida aos interessados durante um leilão pelo preço mínimo de 860 milhões de dólares (674 milhões de euros), num prazo de 60 dias, divulgou hoje a companhia aérea brasileira.
A decisão foi tomada durante uma assembleia de credores da Varig, que decorreu hoje no Rio de Janeiro, ao aprovar a proposta negociada entre a consultoria Alvarez & Marsal e os trabalhadores da companhia. <~/p>
Os interessados poderão apresentar propostas para adquirir a «nova» Varig, sem as dívidas, estimadas em sete mil milhões de reais (2,67 mil milhões de euros), que permanecem na «velha» empresa.
Neste caso, o preço mínimo será de 860 milhões de dólares (674 milhões de euros), informou a companhia num comunicado.
Caso esse valor não seja alcançado, os interessados poderão apresentar propostas de aquisição da operação da Varig apenas no Brasil, pelo preço mínimo de 700 milhões de dólares (548,67 milhões de euros).
Neste caso, as dívidas da empresa permaneceriam com a operação da Varig no estrangeiro, sendo que parte dos recursos do leilão seria destinada ao pagamento de parte das dívidas.
«Fomos capazes de conciliar todos os interessados e demos hoje um grande passo para a solução da Varig», salientou o presidente da Varig, Marcelo Bottini, citado no comunicado.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o regulador brasileiro do sector, informou que pelo menos 27 empresas brasileiras poderão participar do leilão da Varig.
As empresas estrangeiras também poderão participar de consórcios para disputar o leilão, desde que tenham apenas 20% de participação, limite máximo permitido pela legislação brasileira.
Na semana passada, a ex-subsidiária de transporte de cargas VarigLog retirou sua proposta de aquisição da Varig por 400 milhões de dólares (313,53 milhões de euros).
Em comunicado, a VarigLog informou que a desistência é resultado da «demora» na análise de sua proposta de aquisição e que deverá a partir de agora «concentrar-se nas operações de logística».
A proposta de aquisição incluía o despedimento de cerca de 6.000 funcionários, além da divisão da empresa, de forma a que a «nova Varig» ficasse com todos os activos e a «velha Varig» permanecesse com as dívidas.
A grave crise financeira fez com que a Varig voltasse a perder quota de mercado, que diminuiu de 18,9% em Março para 16,4 por cento em Abril.
O espaço deixado pela Varig tem favorecido suas concorrentes directas, nomeadamente as empresas TAM e Gol, cujas quotas de mercado ascenderam a 44,3% e a 33,4%, respectivamente, em Abril.
A TAM anunciou sexta-feira que o seu lucro duplicou no primeiro trimestre deste ano, para 111,2 milhões de reais (42,4 milhões de euros), face a igual período de 2005, o melhor resultado de sempre da companhia aérea.