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Van Hoof Ribeiro defende saída do Estado da Brisa

O presidente da Brisa, Manuel Van Hoof Ribeiro (na foto), defendeu em entrevista ao «Expresso» a saída do Estado do capital da empresa e que a concessionária das auto-estradas deve ser a única a operar num pais com a dimensão de Portugal.

17 de Fevereiro de 2001 às 14:06
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O presidente da Brisa, Manuel Van Hoof Ribeiro (na foto), defendeu em entrevista ao «Expresso» a saída do Estado do capital da empresa e que a concessionária das auto-estradas deve ser a única a operar num pais com a dimensão de Portugal.

O Estado ainda detém participações na Brisa, com uma posição de 4,8% do Tesouro e 5% do IPE-Investimento e Participações Empresariais, embora para o líder da maior concessionária de auto-estradas em Portugal, este já devesse ter saído da empresa e abolido as limitações de voto de 10%.

O Governo prevê privatizar a posição que ainda detém na Brisa este ano.

A concorrência entre concessionárias em Portugal não é prejudicial para a Brisa, mas para um «pais com a nossa dimensão, deveria existir apenas uma concessionária» adiantou àquele periódico

Van Hoof Ribeiro referiu que a posição recentemente adquirida na CCR, por ser idêntica à dos outros três grandes accionistas e por permitir ter um representante no comando da empresa, «não é meramente financeira». Com a entrada no mercado brasileiro, a Brisa pretende envolver-se noutros projectos e investimentos, «pelo facto de estarmos ligados a uma empresa que está implementada nas zonas mais ricas do pais».

A Brisa anunciou no passado dia 31 de Janeiro que adquiriu 20% da empresa brasileira CCR-Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) por um valor de cerca de 134,6 milhões de euros (27 milhões de contos). Os outros grandes accionistas são a Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

«Uma parte desse investimento, sensivelmente metade, será financiado através de empréstimos contraídos no Brasil a taxas de juro um pouco superiores à nossa- à volta dos 14%. O restante será objecto de um empréstimo bancário contraído em Portugal e para o qual já temos inúmeras ofertas» explicou o presidente da Brisa.

Questionado sobre as concessões que interessam à Brisa, o entrevistado indica estar interessado em «todas, a não ser que apareçam umas onde o custo-benefício não ofereça a mínima compensação».

A Brisa fechou na sexta-feira inalterada nos 10,32 euros (2.069 escudos).

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