O administrador de insolvência condicionava a aprovação da sua proposta à aprovação de todos os 347 trabalhadores da Valadares. E assim aconteceu. Depois de muita discussão, a assembleia de credores da empresa, reunida esta manhã em Gaia, contou apenas com três abstenções por parte dos detentores de créditos laborais.

A proposta de liquidação controlada da Valadares acabou por ser aprovada por mais de 90% dos créditos representados, que totalizam 96 milhões de euros, incluindo o BCP, cujos créditos rondam os 74 milhões de euros.

Rui Castro Lima, administrador de insolvência, garantiu que existem investidores interessados em avaliar a reactivação da actividade da Valadares, através da compra da fábrica, que será levada à mesa de negociações pelo valor base de 5,2 milhões de euros.

Assim que o processo de votação for homologado pelo tribunal, o que deverá ocorrer ainda este mês, a Valadares terá que encontrar um comprador no espaço de quatro meses.

Caso o prazo se esgote sem que a missão tenha sido bem sucedida, a Valadares deverá então prosseguir para a liquidação forçada, ou seja, os seus activos serão vendidos de forma separada.