Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

UE chega a acordo sobre pescas para 2023

As negociações sobre as possibilidades de pesca para 2023 trouxeram resultados positivos para Portugal, com aumento em quatro espécies economicamente relevantes, como a pescada.

Miguel Conceição
13 de Dezembro de 2022 às 09:26
  • ...
Os ministros das Pescas da UE chegaram esta terça-feira a acordo sobre as possibilidades de pesca para 2023, no Atlântico e no Mediterrâneo, e até 2024 para as espécies de águas profundas, em águas geridas pelo bloco.

Depois de dois dias de negociações, que incluiu uma direta de quase 24 horas, o Conselho da União Europeia (UE) conseguiu fechar um acordo sobre os totais admissíveis de captura e as respetivas partições para 2023, e que se estende a 2024 para as espécies de águas profundas, como o goraz e o peixe-espada.

Falta ainda conseguir um acordo com o Reino Unido e a Noruega para 'stocks' partilhados.

A organização não governamental Oceana já contestou o acordo alcançado, considerando que os 27 fizeram "um progresso modesto no que respeita à exploração dos 'stocks' no Atlântico", mas falharam no que respeita ao mar Mediterrâneo, "apesar da proposta ambiciosa da Comissão Europeia".

Pescas aumentam em quatro espécies economicamente relevantes

A ministra da Agricultura e Pescas, Maria do Céu Antunes, considerou que as negociações sobre as possibilidades de pesca para 2023 trouxeram resultados positivos para Portugal, com aumento em quatro espécies economicamente relevantes, como a pescada.

No que respeita à pescada, após os ministros da tutela da União Europeia terem chegado a um acordo, os totais admissíveis de capturas (TAC) aumentam 103%, passando a quota para as 4.645 toneladas, com o tamboril a crescer 12% para as 689 toneladas, o areeiro 33%, para as 92 toneladas e o carapau 15%, para as 117.126 toneladas.

Maria do Céu Antunes destacou ainda, em declarações aos jornalistas, a manutenção das quotas de goraz, linguado e raia curva, para as quais estavam propostas reduções, e que representam um impacto financeiro de "10 milhões de euros".

A ministra salientou também ter sido atingido o objetivo de manter a atividade de apanha da enguia no rio Minho.

Em relação ao bacalhau, "foi fixada uma quota trimestral para o arquipélago norueguês de Svalbard e que permite manter a atividade até haver acordo com a Noruega", o que deverá acontecer até março.

Sobre a proposta apresentada no domingo, o primeiro dia de trabalhos, por Portugal, Espanha e França, de se optar por um modela de gestão plurianual em espécies que o permitam, a ministra esclareceu que a discussão foi adiada "sem quadro temporal".

Os ministros das Pescas da UE chegaram hoje a acordo sobre as possibilidades de pesca para 2023, no Atlântico e no Mediterrâneo, e até 2024 para as espécies de águas profundas, em águas geridas pelo bloco.

Depois de dois dias de negociações, que incluiu uma direta de quase 24 horas, o Conselho da União Europeia (UE) conseguiu fechar um acordo sobre os totais admissíveis de captura e as respetivas partições para 2023, e que se estende a 2024 para as espécies de águas profundas, como o goraz e o peixe-espada, 'stock' que levou um corte de 6%.
Ver comentários
Saber mais UE Pescas Portugal Mediterrâneo Maria do Céu Antunes economia negócios e finanças agricultura e pescas
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio