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Uber reduz fortemente as perdas mas receitas ficam aquém do estimado
A plataforma norte-americana Uber Technologies reportou as contas do seu primeiro trimestre fiscal, a reduzir drasticamente os prejuízos devido à venda da unidade de condução autónoma ATG. Mas as receitas ficaram abaixo do esperado.
A Uber registou um prejuízo de 108 milhões de dólares entre janeiro e março, uma forte melhoria face às perdas de 968 milhões no último trimestre de 2020, revelou a empresa na sua apresentação de contas esta noite. No primeiro trimestre do ano passado, as perdas da Uber foram de 2,9 milhões de dólares.
A robusta redução das perdas (que incluem 281 milhões de dólares para os bónus baseados em ações) deve-se ao ganho de 1,6 mil milhões de dólares com a venda da sua unidade de condução autónoma ATG.
Ainda assim, esse ganho foi em parte contrabalançado pelos 600 milhões de dólares que a plataforma de transporte em veículos descaracterizados teve de colocar no Reino Unido para resolver um litígio relacionado com a classificação dos seus condutores.
As perdas por ação no primeiro trimestre foram de 6 cêntimos de dólar, um valor muito melhor que o prejuízo de 54 cêntimos por ação previsto pelo consenso do mercado.
Já as receitas ascenderam, nos primeiros três meses de 2021, a 2.903 mil milhões de dólares, ficando assim aquém dos 3,29 mil milhões antecipados pelos analistas inquiridos pela Refinitiv.
No último trimestre de 2020 as receitas ascenderam a 3.248 milhões de dólares, pelo que nos primeiros três meses deste ano sofreram uma queda de 11%. Entre janeiro e março do ano passado foram de 3.543 milhões.
Por seu lado, as reservas brutas totais – indicador que sinaliza quanto é que os clientes gastam com a Uber – cresceram 24% em termos homólogos, ao ascenderem a 19,5 mil milhões de dólares.
A empresa sediada em São Francisco (Califórnia), que encerrou a sessão do horário regular desta quarta-feira a cair 3,76% para 51,28 dólares, segue agora a perder 2,66% para 49,82 dólares no "after-hours" da bolsa nova-iorquina, onde está cotada desde 10 de maio de 2019. Isto apesar de se ter mostrado confiante na possibilidade de registar lucros no final do ano.